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Por Agência Brasil | 05/12/2014 às 18:57 - Atualizada em 07/12/2014 às 22:07
O Ministério da Saúde e a Vigilância Epidemiológica do Piauí estão concluindo a investigação do que pode ser o primeiro caso de febre do Nilo no Brasil. Exames iniciais, feitos em outubro, indicaram que um agricultor de 52 anos, do município de Aroeiras do Itaim, no Piauí, tem o vírus, e os órgãos de Saúde estão recolhendo material de animais, na região, para avaliar a situação.
De acordo com o neurologista Marcelo Adriano Vieira, do Instituto de Doenças Tropicais Natan Portela, de Teresina, o caso ainda é considerado provável, pois protocolos internacionais indicam que devem ser feitos dois exames. Por isso, aguardam o resultado do segundo exame, feito pelo Instituto Evandro Chagas, no Pará, que será divulgado na próxima segunda-feira (8), pelo Ministério da Saúde.
Segundo Vieira, provavelmente um mosquito foi infectado ao picar algum pássaro silvestre vindo de regiões endêmicas da África ou Ásia Ocidental. As aves migratórias, que de tempos em tempos, trocam o frio do Hemisfério Norte pelo calor do Hemisfério Sul, são o principal reservatório do vírus identificado em Uganda, em 1937, que causa febre, dor de cabeça e, eventualmente, até problemas neurológicos.
Vieira explica que só as aves transmitem a doença para o mosquito, e este retransmite para pessoas, animais e outras aves. “Se o mosquito picar outras aves, o ciclo se perpetua; se picar uma pessoa ou um equino, por exemplo, a doença para ali, porque são hospedeiros definitivos”, disse ele, lembrando que o vírus já foi identificado em dois frangos.
De acordo com o neurologista, em 75% dos casos de contaminação humana pelo vírus da febre do Nilo, o organismo o elimina e a pessoa não sente nenhum sintoma. Em 24% dos casos, os sintomas são semelhantes aos da dengue (febre, dor de cabeça e no corpo). Só em 1% dos casos há comprometimento neurológico, com perda de movimentos, mas esse sintoma pode ser revertido.
Em agosto, o agricultor piauiense sentiu dormência, dor de cabeça, náuseas e, em seguida, teve a sensação de perda de forças, até culminar com a paralisação de todos os movimentos do corpo - só mexia a cabeça. Ele já recuperou o movimento dos braços e das pernas, mas ainda não tem forças para ficar em pé. Segundo Vieira, o paciente já está em casa e tem chances de voltar a andar.
Vítima não identificada tem 52 anos e estava internada há 20 dias na capital.
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De acordo com o neurologista Marcelo Adriano Vieira, do Instituto de Doenças Tropicais Natan Portela, de Teresina, o caso ainda é considerado provável, pois protocolos internacionais indicam que devem ser feitos dois exames. Por isso, aguardam o resultado do segundo exame, feito pelo Instituto Evandro Chagas, no Pará, que será divulgado na próxima segunda-feira (8), pelo Ministério da Saúde.
Segundo Vieira, provavelmente um mosquito foi infectado ao picar algum pássaro silvestre vindo de regiões endêmicas da África ou Ásia Ocidental. As aves migratórias, que de tempos em tempos, trocam o frio do Hemisfério Norte pelo calor do Hemisfério Sul, são o principal reservatório do vírus identificado em Uganda, em 1937, que causa febre, dor de cabeça e, eventualmente, até problemas neurológicos.
Vieira explica que só as aves transmitem a doença para o mosquito, e este retransmite para pessoas, animais e outras aves. “Se o mosquito picar outras aves, o ciclo se perpetua; se picar uma pessoa ou um equino, por exemplo, a doença para ali, porque são hospedeiros definitivos”, disse ele, lembrando que o vírus já foi identificado em dois frangos.
De acordo com o neurologista, em 75% dos casos de contaminação humana pelo vírus da febre do Nilo, o organismo o elimina e a pessoa não sente nenhum sintoma. Em 24% dos casos, os sintomas são semelhantes aos da dengue (febre, dor de cabeça e no corpo). Só em 1% dos casos há comprometimento neurológico, com perda de movimentos, mas esse sintoma pode ser revertido.
Em agosto, o agricultor piauiense sentiu dormência, dor de cabeça, náuseas e, em seguida, teve a sensação de perda de forças, até culminar com a paralisação de todos os movimentos do corpo - só mexia a cabeça. Ele já recuperou o movimento dos braços e das pernas, mas ainda não tem forças para ficar em pé. Segundo Vieira, o paciente já está em casa e tem chances de voltar a andar.
Por Agência Brasil | 06/12/2014 às 14:54 - Atualizada em 07/12/2014 às 21:47
Na rodoviária, funcionários da Secretaria de Vigilância Ambiental distribuem folhetos educativos no Dia D de Combate à Dengue e Chikungunya Elza Fiuza/Agência Brasil |
Hoje (6) é o "Dia D de mobilização no combate à dengue", campanha nacional do Ministério da Saúde, que levou agentes às ruas de todo o país para conscientizar as pessoas sobre a importância de tomar cuidados e evitar a reprodução do Aedes aegypti, mosquito transmissor da doença. Em Brasília, a mobilização está sendo feita na Rodoviária do Plano Piloto, área central da capital, e em áreas de comércio com grande circulação de pessoas, como shoppings e supermercados.
“A gente alerta a população para que redobre os cuidados com água parada. Daqui em diante [se] inicia o processo do aumento de depósitos, que chamamos de temporários, e servem para a reprodução do Aedes aegypti”, explicou o chefe de mobilização do controle de prevenção da dengue no governo do Distrito Federal (GDF), Júlio César Trindade. Também estão previstas ações de de limpeza urbana e atividades para alertar os profissionais de saúde ao diagnóstico correto das doenças.
Em um supermercado de Brasília foi montado um estande para explicar o que deve ser feito para evitar a reprodução do mosquito. A maquete, mostrando casas e caixas d'água, atraiu crianças, e as agentes do GDF puderam instruí-las, bem como a seus pais, sobre como afastar o risco de contrair dengue e chikungunya.
Luiz e Sara Gomes estiveram no supermercado e receberam orientações no local. Ele já contraiu dengue e sabe a importância de prevenir. “Não adianta eu fazer a minha parte e o vizinho não. Quanto mais pessoas eliminarem a água parada, menos mosquitos vão espalhar a doença. É importante essa conscientização, o Dia D da dengue, porque nem todo mundo sabe como proceder para evitar a doença”, disse Sara.
De acordo com Trindade, poucos minutos por semana são suficientes para eliminar os ovos do Aedes aegypti. “Se o morador, durante dez minutos de um dia da semana, eliminar toda a água parada que existir na residência, ele quebra o ciclo de reprodução do mosquito, que é de zero a dez dias”, ressaltou. Segundo o Ministério da Saúde, 80% dos focos dos mosquitos estão em residências.
Dados do ministério mostram que houve redução nos casos de dengue entre janeiro e 15 de novembro de 2014, comparado ao mesmo período de 2013, quando foram registrados 1,4 milhão de casos. Neste ano foram 566,6 mil casos, faltando computar um mês e meio até o fim do ano. As mortes por dengue também diminuíram de 652, no ano passado, para 398.
A febre chikungunya, por sua vez, teve 1.364 casos registrados. Desses, 71 são de pessoas que viajaram para outros países, como República Dominicana, Haiti, Venezuela, Ilhas do Caribe e Guiana Francesa. Os outros 1.293 casos são de transmissão no Brasil, principalmente em municípios de Oiapoque (AP), Feira de Santana (BA), Riachão do Jacuípe (BA), Matozinhos (MG), Pedro Leopoldo (MG) e Campo Grande (MS).
Por Gazeta Web | 23/11/2014 às 12:17 - Atualizada em 23/11/2014 às 22:53
Apesar do alto índice a situação do estado estaria sob controle, segundo afirma Secretaria de Saúde
Foto: Reprodução |
Apesar do alto índice a situação do estado estaria sob controle, segundo afirma Secretaria de Saúde
Em recente pesquisa divulgada pelo Ministério da Saúde (MS), Alagoas aparece entre os 10 estados com maior incidência de casos de dengue no Brasil, com 343,5 casos/100 mil habitantes. Até o dia 17 de novembro deste ano, o estado registrou 15.247 notificações de casos suspeitos em 98% dos municípios alagoanos. Apesar do alto número de casos notificados, a Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) afirma que a situação está sob controle e que medidas combativas são tomadas diariamente.
Do total apresentado no relatório mensal da Sesau, 9.972 casos foram confirmados em análise laboratorial e 1.633 estão sob investigação. São 29 municípios classificados como risco de surto; 34 município em estado de alerta; e 39 municípios considerados em estado satisfatório.
De acordo com a superintendente estadual de Vigilância em Saúde, Sandra Canuto, cada município fica responsável por realizar ações nas residências, mas que o estado mantém o monitoramento todos os dias. "Nós temos equipes que visitam diariamente os municípios que possuem casos suspeitos ou confirmados de dengue. Apesar do alto número de incidências e de casos confirmados, a situação está sob controle", garante.
Sandra alertou para a situação em 19 municípios, onde os níveis são alarmantes, pois há a dificuldade do agente de endemias entrar nas residências. "Nos grandes municípios alagoanos, como Maceió, Arapiraca, Teotônio Vilela, Santana do Ipanema, e as cidades de grande fluxo turístico, a exemplo de Maragogi, Barra de São Miguel, Paripueira e nas demais cidades, encontramos dificuldades em ter acesso às residências. Isso acontece ou por resistência dos proprietários, ou por estarem fechadas por serem casas de veraneio", explica.
Os outros municípios monitorados pela Sesau são: Barra de Santo Antônio, Coqueiro Seco, Delmiro Gouveia, Marechal Deodoro, Messias, Palmeira dos Índios, Penedo, Pilar, Rio largo, Santa Luzia do Norte, Satuba e União dos Palmares.
A superintendente também afirmou que muitos edifícios residenciais, os porteiros são instruídos a impedirem a entrada dos agentes, o que reduz bastante o número de domicílios atendidos. "Para o controle do mosquito, é necessário que os gestores adotem medidas nos ambientes públicos, como limpeza de terrenos baldios, praças, cemitérios e borracharias, bem como recolhimento regular de lixo. Além disso, a importância do envolvimento da população na adoção diária de cuidados no acondicionamento do lixo, armazenamento de água e eliminação de recipientes sem uso que possam acumular água e virar criadouros do mosquito Aedes Aegypti", explica.
Até o momento, foram registrados 23 óbitos suspeitos de dengue provenientes dos municípios de Arapiraca, Campestre, Junqueiro, Maceió, Monteirópolis, Murici, Paulo Jacinto, Pindoba, Piranhas, Santana do Ipanema, São Miguel dos Campos e Satuba. Destes, oito encontram-se sob investigação, 11 foram descartados e três confirmados.
Maceió
A capital alagoana, apesar de estar na desconfortável situação de município com o maior número de notificações (são 5.105), não possui um alto número de casos confirmados, sendo apenas 547 notificações. Mas, a Secretaria de Estado da Saúde mantém como prioritária a intensificação das ações. Hoje, em Maceió, os bairros litorâneos e os que margeiam a Lagoa Mundaú possuem um número maior de agentes de endemias atuando.
Ainda de acordo com Sandra Canuto, a maior preocupação é com os terrenos baldios e as construções civis. Segundo ela, por conta do acúmulo de entulhos nas obras e o armazenamento de água para o uso dos operários são propícios para a proliferação do mosquito. O vetor precisa, apenas, de água limpa e parada para se reproduzir.
Uma reunião foi realizada com as construtoras em Maceió para o repasse de orientações a fim de evitar a proliferação do mosquito.
Medidas combativas
Cada município fica responsável por realizar ações de combate e controle da proliferação do mosquito, como a visita de agentes de endemias às residências, prédios públicos e comerciais, e orientação à população.
Uma das medias utilizadas pela Sesau é o uso do carro fumacê, que percorre as ruas das cidades espalhando o inseticida em forma gasosa, mas seu uso acontece, em sua maioria, nos municípios do interior. "O fumacê é mais eficaz no controle de mosquitos que estão em espaços abertos, não agindo dentro de residências ou prédios. Sua atuação é restrita. Por isso, ele é usado em casos específicos", finaliza.
Cuidados médicos
Os sintomas da dengue são parecidos com diversas doenças e, por isso, o paciente deve tomar cuidados e procurar um médico em caso de dúvida. A médica infectologista Raquel Guimarães explicou que em muitos pacientes só procuram os cuidados médicos quando a doença está em estado avançado por confundir os sintomas ou medicar-se de forma indevida.
"Os sintomas da dengue são muito comuns, mas devem sempre procurar um médicos. Ao sentirem dor de cabeça, febre, dor atrás dos olhos e dores musculares, a pessoa deve ir ao médico para que os exames sejam realizados", explica.
Ao ser constatada a dengue, a primeira iniciativa do médico é intensa hidratação e o monitoramento dos sintomas e a recomendação de repouso absoluto. Após 48 horas do aparecimento do primeiro sintoma, um novo exame deve ser feito para avaliar os níveis de leucócitos, plaquetas. "Caso haja alguma alteração é sinal de que a doença evoluiu e que cuidados deverão ser redobrados", disse.
Do total apresentado no relatório mensal da Sesau, 9.972 casos foram confirmados em análise laboratorial e 1.633 estão sob investigação. São 29 municípios classificados como risco de surto; 34 município em estado de alerta; e 39 municípios considerados em estado satisfatório.
De acordo com a superintendente estadual de Vigilância em Saúde, Sandra Canuto, cada município fica responsável por realizar ações nas residências, mas que o estado mantém o monitoramento todos os dias. "Nós temos equipes que visitam diariamente os municípios que possuem casos suspeitos ou confirmados de dengue. Apesar do alto número de incidências e de casos confirmados, a situação está sob controle", garante.
Sandra alertou para a situação em 19 municípios, onde os níveis são alarmantes, pois há a dificuldade do agente de endemias entrar nas residências. "Nos grandes municípios alagoanos, como Maceió, Arapiraca, Teotônio Vilela, Santana do Ipanema, e as cidades de grande fluxo turístico, a exemplo de Maragogi, Barra de São Miguel, Paripueira e nas demais cidades, encontramos dificuldades em ter acesso às residências. Isso acontece ou por resistência dos proprietários, ou por estarem fechadas por serem casas de veraneio", explica.
Os outros municípios monitorados pela Sesau são: Barra de Santo Antônio, Coqueiro Seco, Delmiro Gouveia, Marechal Deodoro, Messias, Palmeira dos Índios, Penedo, Pilar, Rio largo, Santa Luzia do Norte, Satuba e União dos Palmares.
A superintendente também afirmou que muitos edifícios residenciais, os porteiros são instruídos a impedirem a entrada dos agentes, o que reduz bastante o número de domicílios atendidos. "Para o controle do mosquito, é necessário que os gestores adotem medidas nos ambientes públicos, como limpeza de terrenos baldios, praças, cemitérios e borracharias, bem como recolhimento regular de lixo. Além disso, a importância do envolvimento da população na adoção diária de cuidados no acondicionamento do lixo, armazenamento de água e eliminação de recipientes sem uso que possam acumular água e virar criadouros do mosquito Aedes Aegypti", explica.
Até o momento, foram registrados 23 óbitos suspeitos de dengue provenientes dos municípios de Arapiraca, Campestre, Junqueiro, Maceió, Monteirópolis, Murici, Paulo Jacinto, Pindoba, Piranhas, Santana do Ipanema, São Miguel dos Campos e Satuba. Destes, oito encontram-se sob investigação, 11 foram descartados e três confirmados.
Maceió
A capital alagoana, apesar de estar na desconfortável situação de município com o maior número de notificações (são 5.105), não possui um alto número de casos confirmados, sendo apenas 547 notificações. Mas, a Secretaria de Estado da Saúde mantém como prioritária a intensificação das ações. Hoje, em Maceió, os bairros litorâneos e os que margeiam a Lagoa Mundaú possuem um número maior de agentes de endemias atuando.
Ainda de acordo com Sandra Canuto, a maior preocupação é com os terrenos baldios e as construções civis. Segundo ela, por conta do acúmulo de entulhos nas obras e o armazenamento de água para o uso dos operários são propícios para a proliferação do mosquito. O vetor precisa, apenas, de água limpa e parada para se reproduzir.
Uma reunião foi realizada com as construtoras em Maceió para o repasse de orientações a fim de evitar a proliferação do mosquito.
Medidas combativas
Cada município fica responsável por realizar ações de combate e controle da proliferação do mosquito, como a visita de agentes de endemias às residências, prédios públicos e comerciais, e orientação à população.
Uma das medias utilizadas pela Sesau é o uso do carro fumacê, que percorre as ruas das cidades espalhando o inseticida em forma gasosa, mas seu uso acontece, em sua maioria, nos municípios do interior. "O fumacê é mais eficaz no controle de mosquitos que estão em espaços abertos, não agindo dentro de residências ou prédios. Sua atuação é restrita. Por isso, ele é usado em casos específicos", finaliza.
Cuidados médicos
Os sintomas da dengue são parecidos com diversas doenças e, por isso, o paciente deve tomar cuidados e procurar um médico em caso de dúvida. A médica infectologista Raquel Guimarães explicou que em muitos pacientes só procuram os cuidados médicos quando a doença está em estado avançado por confundir os sintomas ou medicar-se de forma indevida.
"Os sintomas da dengue são muito comuns, mas devem sempre procurar um médicos. Ao sentirem dor de cabeça, febre, dor atrás dos olhos e dores musculares, a pessoa deve ir ao médico para que os exames sejam realizados", explica.
Ao ser constatada a dengue, a primeira iniciativa do médico é intensa hidratação e o monitoramento dos sintomas e a recomendação de repouso absoluto. Após 48 horas do aparecimento do primeiro sintoma, um novo exame deve ser feito para avaliar os níveis de leucócitos, plaquetas. "Caso haja alguma alteração é sinal de que a doença evoluiu e que cuidados deverão ser redobrados", disse.
Por Mariana Lenharo do G1-SP | 23/11/2014 às 06:00 - Atualizada em 23/11/2014 às 21:42
Doenças têm sintomas parecidos e são transmitidas pelo mesmo mosquito.
Aedes aegypti transmite tanto a dengue quanto o chikungunya (Foto: USDA/AP) |
Doenças têm sintomas parecidos e são transmitidas pelo mesmo mosquito.
Chikungunya, no entanto, tem taxa de mortalidade considerada baixa.
O vírus chikungunya deve se espalhar pelo país seguindo o padrão de disseminação da dengue, segundo infectologistas ouvidos pelo G1. No próximo verão, portanto, é provável que diferentes regiões do país tenham surtos simultâneos de dengue e chikungunya. Desde que chegou ao Brasil até o dia 25 de outubro, o chikungunya já infectou 828 pessoas, de acordo com balanço mais recente do Ministério da Saúde. O primeiro caso de transmissão interna do vírus no país foi registrado em setembro.
O médico Carlos Roberto Brites Alves, da Sociedade Brasileira de Infectologia, lembra que os vetores das duas doenças são os mesmos: os mosquitos Aedes aegypti e Aedes albopictus. “Temos dengue há mais de duas décadas e não conseguimos eliminar a infecção, pois não conseguimos eliminar os mosquitos. A chance de o chikungunya seguir um padrão semelhante de ocorrência é grande”, diz o especialista.
Para Stefan Cunha Ujvari, infectologista do Hospital Alemão Oswaldo Cruz e autor do livro “Pandemias: a humanidade em risco”, o histórico do vírus nos últimos 10 anos permite concluir que ele deve continuar se espalhando.
“A expansão do vírus começou em 2004, quando estava no interior da África e foi parar no litoral do Quênia. De 2004 para cá, houve uma expansão progressiva pela costa leste da África, pelas ilhas do Oceano Índico e países do sul e sudeste da Ásia. Em dezembro do ano passado, chegou às ilhas Martinica e Guadalupe e acabou se espalhando pelo Caribe”, diz Ujvari. “Isso mostra nitidamente que é um vírus que está se espalhando pela locomoção humana.”
Ele lembra que na época de férias há uma movimentação maior de pessoas, inclusive para as ilhas do Caribe, onde há grande disseminação do vírus. “Vai haver um fluxo de pessoas que podem trazer o vírus. Se houver chuvas, que levam a um maior número de mosquitos, tem uma chance muito grande de o chikungunya eclodir como uma epidemia no próximo verão.”
Tendência da dengue
No ano passado, o país registrou um número muito alto de casos de dengue: 1.452.489 pessoas foram infectadas. Este ano, até 11 de outubro, foram 547.612 casos, o que representa uma tendência de diminuição de infecções. Para Alves, medidas locais como o controle dos criadouros de mosquitos e o uso de mosquitos geneticamente modificados para controlar os vetores da doença podem surtir efeito no próximo verão.
No ano passado, o país registrou um número muito alto de casos de dengue: 1.452.489 pessoas foram infectadas. Este ano, até 11 de outubro, foram 547.612 casos, o que representa uma tendência de diminuição de infecções. Para Alves, medidas locais como o controle dos criadouros de mosquitos e o uso de mosquitos geneticamente modificados para controlar os vetores da doença podem surtir efeito no próximo verão.
Além disso, quando há um número muito grande de infectados em um ano, no ano seguinte, o número de casos tende a ser menor, pois já há mais pessoas imunes aos subtipos de vírus que circularam no período anterior.
Epidemias simultâneas
Nos últimos 10 anos, já houve ocorrências de epidemias simultâneas de chikungunya e dengue no mundo, segundo Ujvari. Foi o que aconteceu no Gabão, em 2007: o chikungunya chegou ao país no meio de uma epidemia de dengue.
Epidemias simultâneas
Nos últimos 10 anos, já houve ocorrências de epidemias simultâneas de chikungunya e dengue no mundo, segundo Ujvari. Foi o que aconteceu no Gabão, em 2007: o chikungunya chegou ao país no meio de uma epidemia de dengue.
Nesses casos, como os sintomas iniciais são parecidos, como febre, dor de cabeça e dor muscular, pode haver dificuldade de diferenciar os dois. Como nenhuma das duas doenças tem tratamentos específicos – a estratégia limita-se a tratar os sintomas – Ujvari afirma que o melhor, quando há dúvida sobre o diagnóstico, é conduzir como se fosse um caso de dengue.
Apesar de provocarem sintomas parecidos, tratam-se de vírus totalmente distintos. Quem já pegou dengue, portanto, não está imune ao chikungunya. O fato de já ter tido dengue também não determina que uma infecção por chikungunya seja mais grave.
Campanha do Ministério da Saúde
No início do mês, o Ministério da Saúde lançou uma campanha para alertar sobre a importância da prevenção contra dengue e chikungunya. Chamada “O perigo aumentou. E a responsabilidade de todos também”, a campanha estimula o combate ao mosquito transmissor das doenças.
O ministro da saúde, Arthur Chioro, afirmou durante o lançamento da ação que o que preocupa mais é a dengue. "Nós não teremos óbitos por chikungunya e nós temos óbitos com a dengue. Muito embora tenhamos reduzido em 40% o total de mortes de 2013 para 2014, tem uma manifestação mais grave, muito mais preocupante que chikungunya."
No início do mês, o Ministério da Saúde lançou uma campanha para alertar sobre a importância da prevenção contra dengue e chikungunya. Chamada “O perigo aumentou. E a responsabilidade de todos também”, a campanha estimula o combate ao mosquito transmissor das doenças.
O ministro da saúde, Arthur Chioro, afirmou durante o lançamento da ação que o que preocupa mais é a dengue. "Nós não teremos óbitos por chikungunya e nós temos óbitos com a dengue. Muito embora tenhamos reduzido em 40% o total de mortes de 2013 para 2014, tem uma manifestação mais grave, muito mais preocupante que chikungunya."
'Aqueles que se dobram'
A infecção pelo vírus chikungunya provoca sintomas parecidos com os da dengue, porém mais dolorosos. No idioma africano makonde, o nome chikungunya significa "aqueles que se dobram", em referência à postura que os pacientes adotam diante das penosas dores articulares que a doença causa.
A infecção pelo vírus chikungunya provoca sintomas parecidos com os da dengue, porém mais dolorosos. No idioma africano makonde, o nome chikungunya significa "aqueles que se dobram", em referência à postura que os pacientes adotam diante das penosas dores articulares que a doença causa.
Em compensação, comparado com a dengue, o novo vírus mata com menos frequência. Em idosos, quando a infecção é associada a outros problemas de saúde, ela pode até contribuir como causa de morte, porém complicações sérias são raras, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS).
Como as pessoas pegam o vírus?
Por ser transmitido pelo mesmo vetor da dengue, o mosquito Aedes aegypti, e também pelo mosquito Aedes albopictus, a infecção pelo chikungunya segue os mesmos padrões sazonais da dengue.
Por ser transmitido pelo mesmo vetor da dengue, o mosquito Aedes aegypti, e também pelo mosquito Aedes albopictus, a infecção pelo chikungunya segue os mesmos padrões sazonais da dengue.
O risco aumenta, portanto, em épocas de calor e chuva, mais propícias à reprodução dos insetos. Eles também picam principalmente durante o dia.
O chikungunya tem subtipos diferentes, como a dengue?
Diferentemente da dengue, que tem quatro subtipos, o chikungunya é único. Uma vez que a pessoa é infectada e se recupera, ela se torna imune à doença. Quem já pegou dengue não está nem menos nem mais vulnerável ao chikungunya: apesar dos sintomas parecidos e da forma de transmissão similar, tratam-se de vírus diferentes.
Diferentemente da dengue, que tem quatro subtipos, o chikungunya é único. Uma vez que a pessoa é infectada e se recupera, ela se torna imune à doença. Quem já pegou dengue não está nem menos nem mais vulnerável ao chikungunya: apesar dos sintomas parecidos e da forma de transmissão similar, tratam-se de vírus diferentes.
Quais são os sintomas?
Entre quatro e oito dias após a picada do mosquito infectado, o paciente apresenta febre repentina acompanhada de dores nas articulações. Outros sintomas, como dor de cabeça, dor muscular, náusea e manchas avermelhadas na pele, fazem com que o quadro seja parecido com o da dengue. A principal diferença são as intensas dores articulares.
Entre quatro e oito dias após a picada do mosquito infectado, o paciente apresenta febre repentina acompanhada de dores nas articulações. Outros sintomas, como dor de cabeça, dor muscular, náusea e manchas avermelhadas na pele, fazem com que o quadro seja parecido com o da dengue. A principal diferença são as intensas dores articulares.
Em média, os sintomas duram entre 10 e 15 dias, desaparecendo em seguida. Em alguns casos, porém, as dores articulares podem permanecer por meses e até anos. De acordo com a OMS, complicações graves são incomuns. Em casos mais raros, há relatos de complicações cardíacas e neurológicas, principalmente em pacientes idosos. Com frequência, os sintomas são tão brandos que a infecção não chega a ser identificada, ou é erroneamente diagnosticada como dengue.
Tem tratamento?
Não há um tratamento capaz de curar a infecção, nem vacinas voltadas para preveni-la. O tratamento é paliativo, com uso de antipiréticos e analgésicos para aliviar os sintomas. Se as dores articulares permanecerem por muito tempo e forem dolorosas demais, uma opção terapêutica é o uso de corticoides.
Não há um tratamento capaz de curar a infecção, nem vacinas voltadas para preveni-la. O tratamento é paliativo, com uso de antipiréticos e analgésicos para aliviar os sintomas. Se as dores articulares permanecerem por muito tempo e forem dolorosas demais, uma opção terapêutica é o uso de corticoides.
Como se prevenir?
Sobre a prevenção, valem as mesmas regras aplicadas à dengue: ela é feita por meio do controle dos mosquitos que transmitem o vírus.
Sobre a prevenção, valem as mesmas regras aplicadas à dengue: ela é feita por meio do controle dos mosquitos que transmitem o vírus.
Portanto, evitar água parada, que os insetos usam para se reproduzir, é a principal medida. Em casos específicos de surtos, o uso de inseticidas e telas protetoras nas janelas das casas também pode ser aconselhado.
Por Rádio Capital | 19/11/2014 - Atualizada em 19/11/2014 às 22:30
Com a chegada do período de chuvas e calor, a Prefeitura de São Paulo reforçou o trabalho dos 2.500 agentes de zoonoses em toda cidade. Este foi um ano de aumento da dengue em todo o Estado, e a mobilização das pessoas para o combate à doença continua sendo um dos pontos fundamentais.
O prefeito Fernando Haddad falou sobre a importância do engajamento de cada um no enfrentamento da dengue nesta terça-feira (18), antes de visita ao Instituto Butantan para conhecer o trabalho em torno do desenvolvimento de uma vacina para a doença. “Não há como combater a dengue sem o engajamento de cada um de nós porque não há vacina. Aliás, a boa notícia é que eu até estou me deslocando para o Instituto Butantan, que é um dos principais institutos que produzem medicamento no Brasil, sobretudo vacinas, e que desenvolve uma vacina para dengue que está em teste”, afirmou.
O prefeito falou sobre os desafios para o próximo ano, já que provavelmente a nova vacina só esteja disponível, segundo o Butantan, a partir de 2016. “Então, até lá, todo cuidado é pouco e todo mundo conhece: o mosquito se prolifera em água parada, portanto nós temos que tomar muito cuidado com a crise hídrica e com o surto que houve no Estado em 2014. O estado de São Paulo foi tomado pela dengue e a cidade de Campinas sofreu agudamente com a crise; então, se nós não quisemos viver em São Paulo 2015 o que Campinas viveu em 2014, nós temos que cuidar; você pode armazenar [água], mas jamais sem cobrir o recipiente que está armazenando a água”, alertou Haddad.
Dados da Secretaria Estadual da Saúde apontam 188.922 casos confirmados até o momento em todo o estado.Na capital, até a semana epidemiológica 44 (1º de novembro), foram registrados 27.721 casos autóctones (contraídos no município). Do total de casos da doença na cidade de São Paulo, 98,6% ocorreram no primeiro semestre de 2014, com 12 óbitos. No segundo semestre, a incidência despencou - de 21 de setembro a 13 de novembro, por exemplo, o município registrou apenas 36 casos.
A taxa de incidência na cidade, considerando o ano todo, é de 246,3 casos para cada 100 mil habitantes, considerada média* pelo Ministério da Saúde. As regiões oeste e parte da norte – que fazem divisa com os municípios de Osasco, Mairiporã e Guarulhos, cidades que também apresentaram aumento da doença – foram as que registraram maior número de casos. Desde julho, o município já está em fase de baixa transmissão.
Prevenção
É importante a população estar atenta aos cuidados com o mosquito Aedes aegypti, que transmite não apenas a dengue como também a febre chikungunya. Os sintomas são parecidos: febre alta, dor de cabeça, dor no corpo e mal-estar. Porém, no caso da febre chikungunya, as dores nas articulações podem durar até seis meses.
A Secretaria Municipal de Saúde adotou duas novas estratégias para o combate às doenças. Aportaria 2.286/2014, de 5 de novembro deste ano, estabelece que os serviços públicos e privados de saúde devem realizar, em até 24horas, a notificação compulsória dos casos suspeitos. A Secretaria publicará ainda na próxima semana uma portaria que cria comitês locais de prevenção em cada uma das subprefeituras, para fortalecer o contato com a comunidade e o trabalho integrado nas ações de campo.
A dengue está mais associada ao calor e à água limpa do que simplesmente chuva, porque qualquer pequena coleção de água, desde uma tampinha de garrafa a um prato de vaso onde é estancada a água pode ser um criadouro. Na avaliação de técnicos da Coordenação de Vigilância em Saúde (Covisa), esses fatores ajudam a explicar o crescimento de casos neste ano: o forte e intenso calor, que perdurou até meados de abril, mesmo com período de chuvas menor.
“A dengue tem esta tendência de repiques a cada dois ou três anos. O município registrou 5.866 casos em 2010, nos anos seguintes houve uma redução e, neste ano, o Estado de São Paulo registrou um aumento da dengue, também pela própria natureza da evolução do mosquito e do próprio vírus”, explica a médica e coordenadora da Covisa, Wilma Morimoto.
A dengue é uma doença sazonal, ocorrendo no primeiro semestre a maior parte dos casos da doença. Os meses de março a abril acabam por registrar, historicamente, 50% dos casos do município.
Foto: Site da Prefeitura de São Paulo |
Com a chegada do período de chuvas e calor, a Prefeitura de São Paulo reforçou o trabalho dos 2.500 agentes de zoonoses em toda cidade. Este foi um ano de aumento da dengue em todo o Estado, e a mobilização das pessoas para o combate à doença continua sendo um dos pontos fundamentais.
O prefeito Fernando Haddad falou sobre a importância do engajamento de cada um no enfrentamento da dengue nesta terça-feira (18), antes de visita ao Instituto Butantan para conhecer o trabalho em torno do desenvolvimento de uma vacina para a doença. “Não há como combater a dengue sem o engajamento de cada um de nós porque não há vacina. Aliás, a boa notícia é que eu até estou me deslocando para o Instituto Butantan, que é um dos principais institutos que produzem medicamento no Brasil, sobretudo vacinas, e que desenvolve uma vacina para dengue que está em teste”, afirmou.
O prefeito falou sobre os desafios para o próximo ano, já que provavelmente a nova vacina só esteja disponível, segundo o Butantan, a partir de 2016. “Então, até lá, todo cuidado é pouco e todo mundo conhece: o mosquito se prolifera em água parada, portanto nós temos que tomar muito cuidado com a crise hídrica e com o surto que houve no Estado em 2014. O estado de São Paulo foi tomado pela dengue e a cidade de Campinas sofreu agudamente com a crise; então, se nós não quisemos viver em São Paulo 2015 o que Campinas viveu em 2014, nós temos que cuidar; você pode armazenar [água], mas jamais sem cobrir o recipiente que está armazenando a água”, alertou Haddad.
Dados da Secretaria Estadual da Saúde apontam 188.922 casos confirmados até o momento em todo o estado.Na capital, até a semana epidemiológica 44 (1º de novembro), foram registrados 27.721 casos autóctones (contraídos no município). Do total de casos da doença na cidade de São Paulo, 98,6% ocorreram no primeiro semestre de 2014, com 12 óbitos. No segundo semestre, a incidência despencou - de 21 de setembro a 13 de novembro, por exemplo, o município registrou apenas 36 casos.
A taxa de incidência na cidade, considerando o ano todo, é de 246,3 casos para cada 100 mil habitantes, considerada média* pelo Ministério da Saúde. As regiões oeste e parte da norte – que fazem divisa com os municípios de Osasco, Mairiporã e Guarulhos, cidades que também apresentaram aumento da doença – foram as que registraram maior número de casos. Desde julho, o município já está em fase de baixa transmissão.
Prevenção
É importante a população estar atenta aos cuidados com o mosquito Aedes aegypti, que transmite não apenas a dengue como também a febre chikungunya. Os sintomas são parecidos: febre alta, dor de cabeça, dor no corpo e mal-estar. Porém, no caso da febre chikungunya, as dores nas articulações podem durar até seis meses.
A Secretaria Municipal de Saúde adotou duas novas estratégias para o combate às doenças. Aportaria 2.286/2014, de 5 de novembro deste ano, estabelece que os serviços públicos e privados de saúde devem realizar, em até 24horas, a notificação compulsória dos casos suspeitos. A Secretaria publicará ainda na próxima semana uma portaria que cria comitês locais de prevenção em cada uma das subprefeituras, para fortalecer o contato com a comunidade e o trabalho integrado nas ações de campo.
A dengue está mais associada ao calor e à água limpa do que simplesmente chuva, porque qualquer pequena coleção de água, desde uma tampinha de garrafa a um prato de vaso onde é estancada a água pode ser um criadouro. Na avaliação de técnicos da Coordenação de Vigilância em Saúde (Covisa), esses fatores ajudam a explicar o crescimento de casos neste ano: o forte e intenso calor, que perdurou até meados de abril, mesmo com período de chuvas menor.
“A dengue tem esta tendência de repiques a cada dois ou três anos. O município registrou 5.866 casos em 2010, nos anos seguintes houve uma redução e, neste ano, o Estado de São Paulo registrou um aumento da dengue, também pela própria natureza da evolução do mosquito e do próprio vírus”, explica a médica e coordenadora da Covisa, Wilma Morimoto.
A dengue é uma doença sazonal, ocorrendo no primeiro semestre a maior parte dos casos da doença. Os meses de março a abril acabam por registrar, historicamente, 50% dos casos do município.
Por Agência Brasil | 18/11/2014 - Atualizada em 19/11/2014 às 22:16
Reprodução/internet |
O número de municípios que correm risco de ter uma epidemia de dengue subiu de 125 para 135, de acordo com atualização do Levantamento Rápido do Índice de Infestação pelo Aedes aegypti (Liraa) divulgada, hoje (18), pelo Ministério da Saúde. Já os municípios considerados em alerta para a doença passaram de 552 para 612.
As cidades classificadas como em situação de alerta apresentam larvas do mosquito entre 1% e 3,9% dos imóveis pesquisados, enquanto as que se enquadram em situação de risco mostram índices superiores a 3,9%.
“O chamado Mapa da Dengue identifica os bairros onde estão concentrados os focos de reprodução do mosquito transmissor da doença, proporcionando informação qualificada para a atuação das prefeituras nas ações de prevenção”, destaca o documento.
De acordo com o levantamento, Rio Branco (AC) é a única capital em situação de risco, com índice de 4,2. Treze capitais estão em situação de alerta - Boa Vista (RR), Palmas (TO), Salvador (BA), Porto Alegre (RS), Cuiabá (MT), Vitória (ES), Maceió (AL), Natal (RN), Recife (PE), São Luís (MA), Aracaju (SE), Belém (PA) e Porto Velho (RO). Manaus, no Amazonas, e Fortaleza, no Ceará, ainda não apresentaram seus dados ao governo federal.
Nas regiões Norte e Sul, 42,5% e 47,3%, respectivamente, dos focos do mosquito estão no lixo. No Nordeste e no Centro-Oeste, o armazenamento de água é a principal fonte de preocupação, com 76,5% e 40,9%, respectivamente. Já o Sudeste tem no depósito domiciliar o principal desafio, com taxas de 58,2%.
Por Jornal O Estado de São Paulo | 18/11/2014 - Atualizada em 18/11/2014 às 14:44
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Balanço divulgado nesta segunda, 17, pela Secretaria Municipal da Saúde de São Paulo aponta que, de 1º de janeiro a 1º de novembro, 27.721 pessoas foram infectadas pela dengue na capital paulista, número 62% superior ao registrado no último levantamento, de julho, quando haviam sido registrados 17.088 casos de dengue. O número é dez vezes maior do que o registrado em todo o ano passado, quando a cidade teve 2.617 casos, e o mais alto verificado nos últimos dez anos. Para facilitar o mapeamento, a doença e a febre chikungunya passarão a ter notificação em 24 horas.
A taxa de incidência da dengue na cidade é de 246,3 casos para cada 100 mil habitantes, considerada média, de acordo com a classificação do Ministério da Saúde. O recorde observado no ano fez com que a secretaria decidisse ainda criar comitês locais de prevenção em cada uma das subprefeituras paulistanas. As instâncias terão como objetivo “fortalecer o contato com a comunidade e o trabalho integrado nas ações de campo”.
Apesar do aumento de casos, a secretaria afirma que, desde julho o Município está em fase de baixa transmissão. De acordo com a pasta, 98,6% dos casos foram registrados no primeiro semestre do ano. O bairro do Jaguaré, na zona oeste da capital, continua sendo o distrito com a maior incidência de dengue no ano (3.407 casos por 100 mil habitantes). Ali, 1.699 pessoas foram contaminadas pela doença desde janeiro. Em seguida, com os maiores índices de incidência, aparecem Lapa e Rio Pequeno.
Notificação
Qualquer caso suspeito de dengue ou de febre chikungunya, doença também transmitida pelo mosquito Aedes aegypti, terá de ser notificado à Secretaria Municipal da Saúde de São Paulo em até 24 horas a partir de agora, conforme anunciado ontem. A decisão faz parte das novas estratégias adotadas pela Prefeitura de São Paulo para combater as duas doenças.
Antes dessa regra, as unidades de saúde já eram obrigadas a informar à secretaria os casos suspeitos, mas não tinham um prazo. A notificação imediata dos pacientes com suspeita das doenças vale para unidades públicas e privadas da cidade.
Por Prefeitura Municipal de Icapuí | 18/11/2014 - Atualizada em 18/11/2014 às 13:42
Durante os meses de novembro e dezembro deste ano a Prefeitura Municipal de Icapuí, através da Secretaria de Saúde e Saneamento e do Departamento de Endemias, está realizando a Campanha de Vacinação contra Raiva Animal (vacina antirrábica) em todas as comunidades do município. Os agentes de endemias estão realizando visitas em todas as casas que possuem cães e gatos, para aplicação da vacina. O Dia "D" da campanha acontecerá no dia 29 de novembro de 2014, na Praça Central (em frente ao Hospital Municipal) e também em algumas ruas do Centro de Icapuí. O encerramento da vacinação se dará no dia 28 de dezembro.
Os agentes de endemias Najara Miranda e Ericlaudio Pereira informam ainda que apenas cães e gatos com mais de 3 (três) meses de nascidos poderão receber a vacina. Também não poderão ser vacinadas as fêmeas que estejam prenhas ou amamentando. É importante que o dono do animal esteja presente para garantir a segurança do aplicador. Os animais que não forem vacinados podem ser levados até a Secretaria de Saúde para receber a dose, já que os agentes passarão apenas uma única vez em cada comunidade.
A vacina serve para prevenir a raiva, doença fatal que pode ser transmitida aos seres humanos por animais suscetíveis ao vírus. A contaminação ocorre quando o homem é mordido ou simplesmente entra em contato com a saliva de cães e gatos doentes.
Mais informações:
Secretaria de Saúde e Saneamento de Icapuí
Departamento de Endemias
Por TV Jaguar | 17/11/2014 - Atualizada em 17/11/2014 às 12:50
Divulgação |
A confirmação veio através do Núcleo de Endemias da Secretaria Municipal de Saúde de Limoeiro do Norte, que é coordenado por José Maria Maia após receber todo o laudo da Secretaria de Saúde do Estado do Ceará. O laudo trata-se de um jovem de 22 anos que residia na Rua Camilo Brasiliense, centro.
O paciente havia dado entrada no hospital de isolamento São José, em Fortaleza, no dia 09 de outubro de 2014, e em função da gravidade da doença, veio a óbito no dia 07 de novembro, onde foi constatado Dengue Hemorrágica.
A reportagem da TV Jaguar procurou o coordenador do núcleo de endemias da Secretaria de Saúde do município para falar sobre o segundo óbito confirmado só em 2014 pela Secretaria de Saúde do Estado do Ceará.
O Coordenador afirmou que a morte do jovem de 22 anos foi um caso isolado, pois a incursões feitas pela Secretaria de Saúde do município no trabalho de campo, com os carros Fumacê e tratamento nas caixas d’água da área, de onde residia o jovem, foram feitas de forma rigorosa, e os números baixaram muito.
Para o coordenador, quando foi interrogado sobre qual atribuição ao retorno, e o reaparecimento do mosquito em todos os bairros, o mesmo afirmou que possivelmente poderá está vindo de dentro das residências. Nesse período seco não é muito comum o mosquito se reproduzir em terrenos baldio.
Embora boa parte da população esteja colaborando na questão da prevenção, tendo todos os cuidados possíveis para se evitar a reprodução do AEDES EGYPT, algumas residências não estão fazendo o mesmo, e focos estão surgindo em vários locais de Limoeiro. A população precisa se tornar um agente na batalha de luta contra o mosquito e manter a vigilância diária em casa.
Dados atualizados do Núcleo de Endemias em 13/11/2014.
Casos Notificados- 628
Casos de Dengue Confirmada – 456
Dengue com sinal de Alarme – 04
Dengue Grave (óbito) – 02 só em 2014
Dengue Descartada – 147 (Exames negativos)
Em aberto (resultados que ainda estão sendo aguardados) – 19.
O coordenador aproveitou o momento para comunicar sobre a Campanha Nacional Ati-Rábica dia 29 como dia “D”, mas o município já está vacinando animais na zona rural. Outras informações na segunda ou terça no portal Jaguar.
Por Assessoria do Comitê da Dengue | 13/11/2014 - Atualizada em 13/11/2014 às 21:47
Divulgação |
O Comitê da Dengue, formado por membros da secretaria de Saúde de Assis Chateaubriand, da Secretaria de Educação e Meio Ambiente, membros da sociedade civil organizada e da Associação Comercial estiveram reunidos na terça-feira (11) na Aciac para traçar as metas e ações do Pacto de Combate a Dengue 2015 que será assinado no próximo dia 20, às 15h, durante a Expo Assis 2014.
Entre as ações está sendo organizado arrastão de limpeza, carnaval sem Dengue, continuação do projeto ‘Agente Mirim’, realização do Arraiá da Dengue, panfletagens, orientações e ainda as visitas das agentes nas casas dos munícipes.
Segundo informações da 20º Regional de Saúde, o Liraa de Assis Chateaubriand está em 1,2%. “Assis Chateaubriand já foi uma cidade epidêmica, além disso, tem uma certa proximidade com a fronteira, todo cuidado é pouco para não termos uma nova epidemia”, afirmou o responsável Valter Baez.
O secretário de Saúde Marcos Linartevis pediu o apoio de todos nas ações contra a Dengue e reforçou o compromisso da sociedade. “O Pacto só funciona se cada um se esforçar em fazer a sua parte”, afirmou.
Por Paula Laboissière - Repórter da Agência Brasil | 13/11/2014 - Atualizada em 13/11/2014 às 21:35
A Fundação Oswaldo Cruz já deu início aos trabalhos em busca de um teste rápido capaz de identificar casos de febre chikungunya, no Brasil.
De acordo com o vice-presidente de Pesquisa e Laboratórios de Referência da instituição, Rodrigo Guerino, o teste será similar ao teste rápido de gravidez, uma pequena quantidade de sangue será suficiente para mostrar o resultado em uma fita indicativa.
Em audiência pública, na Comissão de Seguridade Social e Família da Câmara dos Deputados, Rodrigo destacou a importância do diagnóstico rápido da doença, uma vez que os sintomas se assemelham aos da dengue, mas há sutilezas no tratamento de ambas as enfermidades.
O diretor do Departamento de Doenças Transmissíveis do Ministério da Saúde, Cláudio Maierovitch, admitiu que há uma preocupação, por parte da pasta, em relação à possível confusão de diagnóstico entre casos de dengue e febre chikungunya. Um erro de diagnóstico, segundo ele, pode fazer com que os profissionais deixem de agir rapidamente no caso da dengue, provocando um agravamento do quadro e mesmo o óbito do paciente.
Dados do ministério indicam que, até o momento, ocorreram 1.039 casos confirmados de febre chikungunya no país, a maior parte na Bahia e no Amapá. Há ainda 968 casos em investigação. Maierovitch lembrou que o país conta com uma experiência de 30 anos no tratamento da dengue. Ele ressaltou que o país já passou por momento de ter que "montar hospitais de campanha e centros de hidratação rápida. Não prevemos esse cenário para o vírus chikungunya, mas ele não é impossível".
No debate, o representante da Organização Pan-americana de Saúde (Opas) no Brasil, Henrique Vazquez, destacou que praticamente todo o continente conta com a presença do vetor que transmite a febre chikungunya e que, no caso do Brasil, a ausência de imunidade na população torna os brasileiros suscetíveis à doença. "O chikungujnya será um grande desafio", concluiu.
A Fundação Oswaldo Cruz já deu início aos trabalhos em busca de um teste rápido capaz de identificar casos de febre chikungunya, no Brasil.
De acordo com o vice-presidente de Pesquisa e Laboratórios de Referência da instituição, Rodrigo Guerino, o teste será similar ao teste rápido de gravidez, uma pequena quantidade de sangue será suficiente para mostrar o resultado em uma fita indicativa.
Em audiência pública, na Comissão de Seguridade Social e Família da Câmara dos Deputados, Rodrigo destacou a importância do diagnóstico rápido da doença, uma vez que os sintomas se assemelham aos da dengue, mas há sutilezas no tratamento de ambas as enfermidades.
O diretor do Departamento de Doenças Transmissíveis do Ministério da Saúde, Cláudio Maierovitch, admitiu que há uma preocupação, por parte da pasta, em relação à possível confusão de diagnóstico entre casos de dengue e febre chikungunya. Um erro de diagnóstico, segundo ele, pode fazer com que os profissionais deixem de agir rapidamente no caso da dengue, provocando um agravamento do quadro e mesmo o óbito do paciente.
Dados do ministério indicam que, até o momento, ocorreram 1.039 casos confirmados de febre chikungunya no país, a maior parte na Bahia e no Amapá. Há ainda 968 casos em investigação. Maierovitch lembrou que o país conta com uma experiência de 30 anos no tratamento da dengue. Ele ressaltou que o país já passou por momento de ter que "montar hospitais de campanha e centros de hidratação rápida. Não prevemos esse cenário para o vírus chikungunya, mas ele não é impossível".
No debate, o representante da Organização Pan-americana de Saúde (Opas) no Brasil, Henrique Vazquez, destacou que praticamente todo o continente conta com a presença do vetor que transmite a febre chikungunya e que, no caso do Brasil, a ausência de imunidade na população torna os brasileiros suscetíveis à doença. "O chikungujnya será um grande desafio", concluiu.
Por Webmaster | 05/10/2014 - Atualizada em 11/10/2014 às 22:03
Municípios com situação de risco: Campo Redondo, Parelhas, Florânia, São Paulo do Potengi, Mossoró , Jaçanã, Carnaúba dos Dantas, Brejinho, São Miguel, Caicó, Jardim do Seridó, João Câmara e Santa Cruz.
Acúmulo de água facilita reprodução do mosquito
Foto cedida ao Gazeta do Oeste
Municípios com situação de risco: Campo Redondo, Parelhas, Florânia, São Paulo do Potengi, Mossoró , Jaçanã, Carnaúba dos Dantas, Brejinho, São Miguel, Caicó, Jardim do Seridó, João Câmara e Santa Cruz.
O Levantamento Rápido do Índice de Infestação pelo Aedes aegypti (LIRAa) de outubro deste ano revela que 117 municípios brasileiros estão em situação de risco para a ocorrência de epidemias de dengue, outros 533 em alerta e 813 cidades com índice satisfatório. Dados atualizados na segunda-feira passada, 3, apontam que, no Rio Grande do Norte, 13 municípios estão em situação de risco de epidemia de dengue: Campo Redondo, Parelhas, Florânia, São Paulo do Potengi, Mossoró , Jaçanã, Carnaúba dos Dantas, Brejinho, São Miguel, Caicó, Jardim do Seridó, João Câmara e Santa Cruz.
A pesquisa, que identifica os bairros onde estão concentrados os focos de reprodução do mosquito transmissor da doença, foi apresentada ontem, 4, pelo ministro da Saúde, Arthur Chioro, e pelo secretário de Vigilância em Saúde, Jarbas Barbosa. Na ocasião, também foi apresentado novo boletim da doença, que mostrou redução de casos e óbitos neste ano em comparação com 2013.
Elaborado pelo Ministério da Saúde em conjunto com Estados e municípios, o LIRAa foi realizado em outubro deste ano em 1.463 cidades. A pesquisa é considerada um instrumento fundamental para orientar as ações de controle da dengue, o que possibilita aos gestores locais de saúde anteciparem as ações de prevenção.
LEVANTAMENTO
Os municípios classificados como de risco apresentam larvas do mosquito em mais de 3,9% dos imóveis pesquisados. É considerado estado de alerta quando menos de 3,9% dos imóveis pesquisados têm larvas do mosquito, e satisfatório quando o índice está abaixo de 1% de larvas do Aedes aegypti.
De acordo com o levantamento, nenhuma capital está em situação de risco. São dez as capitais que apresentaram situação de alerta (Porto Alegre, Cuiabá, Vitória, Maceió, Natal, Recife, São Luís, Aracaju, Belém e Porto Velho) e outras 11 estão com índices satisfatórios (Curitiba, Florianópolis, Brasília, Campo Grande, Goiânia, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, São Paulo, Macapá, Teresina e João Pessoa). Seis capitais (Boa Vista, Manaus, Palmas, Rio Branco, Fortaleza e Salvador) ainda não apresentaram ao Ministério da Saúde os resultados do LIRAa. Estes resultados foram consolidados até esta segunda-feira (3) e o Ministério da Saúde continua recebendo as informações dos Estados.
O secretário Jarbas Barbosa reiterou a importância do levantamento, como estratégia de prevenção da doença. “A informação que o LIRAa proporciona é importante para o gestor municipal agir e para a população se prevenir. Sabendo que a maioria dos focos está em armazenagem da água, o prefeito irá direcionar a ação para caixa d’água destampada”, explicou o secretário. Segundo ele, com isso a equipe poderá orientar a população sobre os cuidados com esses recipientes. “Em apenas 15 minutos semanais, as famílias podem fazer o inspeção dentro de casa e destruir os focos dos mosquitos”, frisou.
O secretário, no entanto, ressaltou que o fato de uma determinada cidade estar em situação satisfatória no LIRAa não significa que esteja protegida. “Se o município parar de agir, a população de mosquito pode crescer”, alertou. Barbosa esclareceu que um município com população de mosquito elevada pode ter transmissão de chikungunya. “Ninguém está protegido se no local tem mosquito para fazer a transmissão, seja em casa ou no trabalho”. Ele ressaltou que o Brasil possui o programa nacional permanente de controle da dengue, integrando as ações de vigilância e de assistência à saúde, o que tem resultado na queda dos óbitos por dengue. “Com a integração das áreas de vigilância e assistência e, ainda, com a divulgação de protocolo aos profissionais de saúde, os médicos passaram a identificar, rapidamente, os casos com risco de agravamento para realização de medidas de hidratação e tratamento”, observou o secretário.
Armazenamento de água é a principal fonte de preocupação na Região Nordeste
Além de ajudar os gestores a identificar os bairros em que há mais focos de reprodução do mosquito, o LIRAa também aponta o perfil destes criadouros. Os focos podem estar em formas de armazenamento de água, em espaços em que o lixo não está sendo manejado adequadamente e em depósitos domiciliares.
Esse panorama varia entre as regiões. Enquanto na Região Sul, 47,3% dos focos estão no lixo, no Nordeste e no Centro Oeste o armazenamento de água é a principal fonte de preocupação com 78,8% e 36,8%, respectivamente. Já o Norte e o Sudeste têm no depósito domiciliar o principal desafio, com taxas de 46,6% e 55,1%, respectivamente.
MOBILIZAÇÃO
O Ministério da Saúde realizará, a partir do dia 15 de novembro, campanha de combate à dengue e ao Chinkungunya, que tem como slogan “O perigo aumentou. E a responsabilidade de todos também”. Serão divulgadas orientações à população sobre como evitar a proliferação dos mosquitos causadores das doenças e alertar sobre a gravidade das enfermidades.
No dia 6 de dezembro será realizado o Dia D de mobilização. Por meio da ação, o Ministério da Saúde convoca os gestores municipais a realizarem uma intensa mobilização da população, além de mutirões de limpeza urbana e atividades para alertar os profissionais da área ao diagnóstico correto das doenças. Como cerca de 80% dos criadouros estão nas residências, o papel de cada família, para verificar e eliminar possíveis locais que acumulam água, será reforçado nesse dia D. A ação será repetida no dia 7 de fevereiro, com o Dia D+1.
O número de casos registrados de dengue caiu 61% entre janeiro e outubro de 2014, em comparação ao mesmo período de 2013, passando de 1,4 milhão de casos para 556,3 mil neste ano. Os dados constam no balanço epidemiológico divulgado nesta terça-feira (04). Todas as regiões do país apresentaram redução de casos notificados, sendo que a região Sudeste teve a queda mais representativa, correspondente a 67%, seguida pelo Sul (64%), Centro-Oeste (57%), Nordeste (42%) e Norte (23%). O estado com a maior diferença entre 2013 e 2014 foi o Rio de Janeiro, que conseguiu reduzir em 97% o número de casos, seguido pelo Mato Grosso do Sul (96%) e Minas Gerais (86%).
Os óbitos por dengue no Brasil também apresentaram queda em comparação a 2013. Neste ano, foram 379 mortes, contra 646 confirmados no ano passado, uma redução de 41%. Destaque para os estados de Tocantins, Acre, Roraima, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, que não registraram óbitos causados pela dengue em 2014. Para reduzir cada vez mais esses números, o Brasil mantém um programa permanente de combate ao mosquito transmissor. Neste ano, foram repassados aos estados e municípios cerca de R$ 1,2 bilhão para a manutenção de ações de vigilância, prevenção e controle da doença.
REDUÇÃO DE INTERNAÇÕES
Para garantir a assistência e atendimento aos pacientes com suspeita de dengue, o Ministério da Saúde tem investido na ampliação dos serviços, capacitação de profissionais, habilitações de leitos de enfermaria e de UTI pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Todas as unidades de saúde estão aptas a realizar o diagnóstico, classificação de risco e acompanhamento, desde a atenção básica às unidades de média e alta complexidade.
No período de janeiro a setembro deste ano, foram registradas 30,7 mil internações pela doença. Isso representa 49% a menos se comparado ao mesmo período de 2013, quando houve 60,2 mil internações, representando uma economia de R$ 9,2 milhões aos cofres públicos.
Por Agência Brasil | 11/11/2014 às 16:17 - Atualizada em 11/11/2014 às 21:46
Pesquisa promovida em 1.524 cidades brasileiras constatou 125 em situação de risco e 552 em alerta
Atualização do Levantamento Rápido do Índice de Infestação pelo Aedes aegypti (LIRAa) revela que 125 municípios brasileiros estão em situação de risco para a ocorrência de epidemias de dengue, 552 estão em alerta e 847 cidades apresentam índice satisfatório.
Reprodução/internet |
Pesquisa promovida em 1.524 cidades brasileiras constatou 125 em situação de risco e 552 em alerta
Atualização do Levantamento Rápido do Índice de Infestação pelo Aedes aegypti (LIRAa) revela que 125 municípios brasileiros estão em situação de risco para a ocorrência de epidemias de dengue, 552 estão em alerta e 847 cidades apresentam índice satisfatório.
Até o momento, o Ministério da Saúde recebeu informações do LIRAa de 1.524 municípios brasileiros, 61 cidades a mais do que o primeiro levantamento fechado em 3 de novembro.
Elaborado pelo Ministério da Saúde, em conjunto com estados e municípios, o LIRAa foi realizado em outubro deste ano.
A pesquisa é considerada um instrumento fundamental para orientar as ações de controle da dengue, o que possibilita aos gestores locais de saúde anteciparem as ações de prevenção.
O chamado Mapa da Dengue identifica os bairros onde estão concentrados os focos de reprodução do mosquito transmissor da doença, proporcionando informação qualificada para atuação das prefeituras nas ações de prevenção.
Para o ministro da Saúde, Arthur Chioro, é fundamental o reforço às ações de combate não apenas à dengue, mas também à febre chikungunya. "As medidas de enfrentamento e prevenção das duas doenças são as mesmas. Temos de intensificar estas ações e prestar bem a atenção nas informações que o LIRAa nos revela. Trata-se de uma ferramenta muito potente que nos dá informações importantes", observou.
Levantamento
Os municípios classificados como de risco apresentam larvas do mosquito em mais de 3,9% dos imóveis pesquisados. É considerado estado de alerta quando menos de 3,9% dos imóveis pesquisados têm larvas do mosquito, e satisfatório quando o índice está abaixo de 1% de larvas do Aedes aegypti.
De acordo com o levantamento, Rio Branco é a única capital em situação de risco, com índice de 4,2. São dez as capitais que apresentaram situação de alerta (Porto Alegre, Cuiabá, Vitória, Maceió, Natal, Recife, São Luís, Aracaju, Belém e Porto Velho) e outras 11 estão com índices satisfatórios (Curitiba, Florianópolis, Brasília, Campo Grande, Goiânia, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, São Paulo, Macapá, Teresina e João Pessoa).
Cinco capitais (Boa Vista, Manaus, Palmas, Fortaleza e Salvador) ainda não apresentaram ao Ministério da Saúde os resultados do LIRAa. O Ministério da Saúde continua recebendo as informações dos estados e divulgará o próximo levantamento na sexta-feira (14).
O secretário de Vigilância em Saúde, Jarbas Barbosa, reforça que a prevenção da dengue e da febre chikungunya é simples e todo mundo sabe como fazer. “Em apenas 15 minutos semanais, as famílias podem fazer o inspeção dentro de casa e destruir os focos dos mosquitos dentro de pneus, vasilhas de plantas e outros tipos de recipientes que acumula água parada”, frisou.
O secretário, no entanto, ressaltou que o fato de uma determinada cidade estar em situação satisfatória no LIRAa não significa que esteja protegida. "Se o município parar de agir, a população de mosquito pode crescer", alertou. Barbosa esclareceu que um município com população de mosquito elevada pode ter transmissão de chikungunya. "Ninguém está protegido se no local tem mosquito para fazer a transmissão, seja em casa ou no trabalho".
Criadouros
Além de ajudar os gestores a identificar os bairros em que há mais focos de reprodução do mosquito, o LIRAa também aponta o perfil destes criadouros. Os focos podem estar em formas de armazenamento de água, em espaços em que o lixo não está sendo manejado adequadamente e em depósitos domiciliares.
Esse panorama varia entre as regiões. Enquanto na Região Sul 47,3% dos focos estão no lixo, no Nordeste e no Centro Oeste o armazenamento de água é a principal fonte de preocupação com 78,8% e 36,8%, respectivamente. Já o Norte e o Sudeste têm no depósito domiciliar o principal desafio, com taxas de 46,6% e 55,1%, respectivamente.
Mobilização
O Ministério da Saúde realizará, a partir do dia 15 de novembro, campanha de combate à dengue e ao Chinkungunya, que tem como slogan “O perigo aumentou. E a responsabilidade de todos também”. Serão divulgadas orientações à população sobre como evitar a proliferação dos mosquitos causadores das doenças e alertar sobre a gravidade das enfermidades.
No dia 6 de dezembro será realizado o Dia D de mobilização. Por meio da ação, o Ministério da Saúde convoca os gestores municipais a realizarem uma intensa mobilização da população, além de mutirões de limpeza urbana e atividades para alertar os profissionais da área ao diagnóstico correto das doenças.
Como cerca de 80% dos criadouros estão nas residências, o papel de cada família, para verificar e eliminar possíveis locais que acumulam água, será reforçado nesse dia D. A ação será repetida no dia 7 de fevereiro, com o Dia D+1.
Redução dos casos
O número de casos registrados de dengue caiu 61% entre janeiro e outubro de 2014, em comparação ao mesmo período de 2013, passando de 1,4 milhão de casos para 556,3 mil neste ano.
Os dados constam no balanço epidemiológico divulgado nesta terça-feira (4). Todas as regiões do país apresentaram redução de casos notificados, sendo que a região Sudeste teve a queda mais representativa, correspondente a 67%, seguida pelo Sul (64%), Centro-Oeste (57%), Nordeste (42%) e Norte (23%).
O estado com a maior diferença entre 2013 e 2014 foi o Rio de Janeiro, que conseguiu reduzir em 97% o número de casos, seguido pelo Mato Grosso do Sul (96%) e Minas Gerais (86%).
Os óbitos por dengue no Brasil também apresentaram queda em comparação a 2013. Neste ano, foram 379 mortes, contra 646 confirmados no ano passado, uma redução de 41%.
Destaque para os estados de Tocantins, Acre, Roraima, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, que não registraram óbitos causados pela dengue em 2014.
Para reduzir cada vez mais esses números, o Brasil mantém um programa permanente de combate ao mosquito transmissor. Neste ano, foram repassados aos estados e municípios cerca de R$ 1,2 bilhão para a manutenção de ações de vigilância, prevenção e controle da doença.
Nova classificação
Neste ano, o Brasil passou a adotar a nova classificação de casos de dengue da Organização Mundial da Saúde (OMS). Os registros são classificados como “dengue com sinais de alarme” e “dengue grave”.
Até 2013, a classificação dos casos no Brasil se dividia em febre hemorrágica da dengue (FHD), síndrome do choque da dengue (SCD) e dengue com complicações (DCC).
Cabe destacar que a adoção da nova classificação não traz prejuízos para a análise da situação epidemiológica, mas torna incorreta a comparação direta de casos graves em 2014 com os anos anteriores.
Redução de internações
Para garantir a assistência e atendimento aos pacientes com suspeita de dengue, o Ministério da Saúde tem investido na ampliação dos serviços, capacitação de profissionais, habilitações de leitos de enfermaria e de UTI pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
Todas as unidades de saúde estão aptas a realizar o diagnóstico, classificação de risco e acompanhamento, desde a atenção básica às unidades de média e alta complexidade.
No período de janeiro a setembro deste ano, foram registradas 30,7 mil internações pela doença. Isso representa 49% a menos se comparado ao mesmo período de 2013, quando houve 60,2 mil internações, representando uma economia de R$ 9,2 milhões aos cofres públicos.
A diminuição nos índices de internações pode estar relacionada à detecção precoce da doença e a correta classificação de risco. O Ministério da Saúde tem priorizado a ampliação da assistência pela rede de atenção, intensificando a capacitação dos profissionais. Neste sentido, a Universidade Aberta do SUS tem investido na capacitação dos profissionais de saúde, promovendo o Curso de Atualização no Manejo Clínico da Dengue.
Chikungunya
Até o dia 25 de outubro deste ano, o Ministério da Saúde registrou 824 casos de Febre Chikungunya no Brasil, sendo 151 confirmados por critério laboratorial e 673 por critério clínico-epidemiológico. Deste total, 39 são casos importados de pessoas que viajaram para países com transmissão da doença, como República Dominicana, Haiti, Venezuela, Ilhas do Caribe e Guiana Francesa.
Os outros 785 foram diagnosticados em pessoas sem registro de viagem internacional para países onde ocorre a transmissão. Destes casos, chamados de autóctones, 330 foram registrados no município de Oiapoque (AP), 371 em Feira de Santana (BA), 82 em Riachão do Jacuípe (BA), um em Matozinhos (MG) e um em Campo Grande (MS).
Vale ressaltar que, caracterizada a transmissão sustentada de Chikungunya em uma determinada área - com a confirmação laboratorial dos primeiros casos - o Ministério da Saúde recomenda que os demais sejam confirmados por critério clínico-epidemiológico. Este critério leva em conta fatores, como sintomas apresentados e o vínculo dele com pessoas que já contraíram a doença.
Ações
Desde que foram confirmados os casos de Chikungunya no Caribe, no final de 2013, o Ministério da Saúde elaborou um plano nacional de contingência da doença, que tem como metas a intensificação das atividades de vigilância.
Foram enviadas equipes para os estados com casos registrados, como Bahia e Amapá, para trabalhar em conjunto com as secretarias estaduais de Saúde e intensificar ações de prevenção e vigilância da doença.
O Ministério da Saúde também promoveu a capacitação de laboratórios para realização dos testes de diagnósticos e realizou, em outubro, o Seminário Internacional da Febre Chikungunya.
Além disso, houve a inclusão do capítulo sobre a febre no Guia de Vigilância Epidemiológica e a aquisição de inseticidas para auxiliar no combate à proliferação dos mosquitos, entre outras medidas.
Prevenção
A febre Chikungunya é uma doença causada por vírus do gênero Alphavirus, transmitida por mosquitos do gênero Aedes, sendo o Aedes Aegypti (transmissor da dengue) e o Aedes Albopictus os principais vetores.
Os sintomas da doença são febre alta, dor muscular e nas articulações, cefaleia e exantema e costumam durar de três a 10 dias. A letalidade da Chikungunya, segundo a Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS), é rara, sendo ainda menos frequente que nos casos de dengue.
Para evitar a transmissão do vírus, é fundamental que as pessoas reforcem as ações de eliminação dos criadouros dos mosquitos. As medidas são exatamente as mesmas para a prevenção da dengue.
Doença no Mundo
De acordo com a OMS, desde 2004, o vírus havia sido identificado em 19 países. Porém, a partir do final de 2013, foi registrada transmissão autóctone (dentro do mesmo território) em vários países do Caribe. Em março de 2014, na República Dominicana e Haiti, sendo que, até então, só África e Ásia tinham circulação do vírus.
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