agosto 2014
Fonte: Secretaria de Vigilância em Saúde − Ministério da Saúde | 25 - Atualizada em 30/ às 12:02
Dengue: monitoramento até a Semana Epidemiológica (SE) 32 de 2014
Em 2014 foram registrados 511.080 casos prováveis (casos notificados, exceto descartados) de dengue no país até a semana epidemiológica (SE) 32 (03/08 a 09/08) (Figura 1). A região Sudeste teve o maior número de casos (294.916 casos; 57,7%) em relação ao total do país, seguida das regiões Centro-Oeste (101.004 casos; 19,8%), Nordeste (71.675 casos; 14%), Sul (24.432 casos; 4,8%) e Norte (19.053 casos; 3,7%) (Tabela 1). Destaca-se que todos os casos do estado de Santa Catarina são importados. Na análise comparativa em relação a 2013, observa-se redução de 63,6% dos casos no país.A análise das incidências (número de casos/100 mil habitantes) demonstra redução em todas as regiões. Somente o estado do Acre apresenta aumento no número absoluto de casos e incidência acima de 300 casos/100 mil hab. (321,2 casos /100 mil hab.). Mesmo com redução em relação a 2013 as seguintes Unidades da
Federação (UFs) apresentam também incidências acima de 300 casos/100 mil hab.: Espírito Santo (418,7), São Paulo (487,3), Distrito Federal (406,2) e Goiás (1.255,1).Todos apresentam incidência acumulada considerada alta, acima de 300 casos/100 mil hab. No entanto, a partir de maio, observa-se uma tendência de redução em praticamente todos os estados, que se consolida de forma acentuada no mês de julho.
Casos graves e óbitos Em 2014, o Brasil começou a adotar a nova classificação de casos de dengue da Organização Mundial da Saúde (OMS), sendo atualmente classificados como dengue, dengue com sinais
de alarme e dengue grave. Por essa razão,
não é possível a comparação direta dos casos graves com o ano de 2013, tendo em vista
que anteriormente adotava-se as seguintes classificações: febre hemorrágica da dengue
(FHD), síndrome do choque da dengue (SCD) e dengue com complicações (DCC).
Destaca-se que a adoção da nova classificação de casos graves não traz prejuízos para a análise da situação epidemiológica porque a mortalidade
é um indicador da ocorrência de casos graves.Em 2014, da SE 01 até a SE 32, foram
confirmados no país 473 casos de dengue grave e 6.553 casos com sinais de alarme. A região com maior número de registros de casos graves e com sinais de alarme é a região Sudeste (206 graves; 5.016 com sinais de alarme), com a seguinte distribuição entre seus estados: São Paulo (148 graves; 4.128 com sinais de alarme), Minas Gerais (35 graves; 579 com sinais de alarme), Espírito Santo (18 graves; 244 com sinais de alarme) e Rio
de Janeiro (5 graves; 65 com sinais de alarme). Houve também confirmação de 295 óbitos no país, o que representa uma redução de 51% em comparação com o mesmo período de 2013, quando foram confirmados 603 óbitos (Tabela 3). Existem 262 casos graves e com sinais de alarme e 177 óbitos em investigação que poderão ser confirmados ou descartados nas próximas semanas.
Sorotipos virais
Nos meses de janeiro a junho de 2014 foram enviadas 8.445 amostras para realização do
exame de isolamento viral, sendo 3.109 positivos (36,8%). As proporções dos sorotipos virais identificados foram: DENV1 (83,3%), seguido de DENV4 (15,1%), DENV2 (1,3%) e DENV3 (0,3%) (Tabela 4). Existem informações de isolamento viral de 21 (77,8%) UFs. Nas UFs com incidência acima de 100 casos/100 mil hab., a proporção de sorotipos isolados é a seguinte: Rondônia (100% DENV4), Acre (sem informações), Amazonas (100% DENV4), Tocantins (55,6% DENV4 e 44,4% DENV1), Piauí (100% DENV4), Ceará (54,3% DENV4, 40% DENV1 e 5,7% DENV3), Rio Grande do Norte (54,5% DENV4, 40,9% DENV1 e 4,5% DENV2), Paraíba (100% DENV4), Pernambuco (59,3% DENV1 25,9% DENV4 e 14,8% DENV3), Sergipe (60% DENV4 e 40% DENV1), Bahia (95,7% DENV4 e 4,3% DENV1), Minas Gerais (91,6% DENV1, 8% DENV4 e 0,4% DENV3), Espírito Santo (52,9% DENV1 e 47,1% DENV4), São Paulo (92,9% DENV1, 4,8% DENV4 e 2,3 DENV2), Paraná (98,9% DENV1
e 1,1% DENV4), Mato Grosso do Sul (87,1% DENV4, 11,3% DENV1 e 1,6% DENV2), Mato
Grosso (sem informações), Goiás (83,1% DENV1 e 16,9% DENV4) e Distrito Federal (100%
DENV1).
Por Agência Saúde | 29 - Atualizada em 30/ às 11:00
1 - Como funciona a vacinação contra o HPV no SUS?
Em 2014, o Ministério da Saúde incluiu a vacina contra o HPV no Calendário Nacional de Vacinação. Ela é fornecida gratuitamente, pelo Sistema Único de Saúde (SUS), a meninas de 11 a 13 anos. A vacina está disponível nas 36 mil salas de vacina da rede pública de saúde durante, todo o ano. Assim como no início da vacinação no SUS, o Ministério da Saúde recomendou aos municípios que organizem a aplicação da segunda dose nas escolas públicas e privadas que aderiram à estratégia a partir de 10 de março.
2 - Quem deve tomar a vacinar?
Em 2014, a população-alvo da vacina contra o HPV é composto por meninas de 11 a 13 anos. Em 2015, serão vacinadas as adolescentes de 9 a 11 anos e, a partir de 2016, serão vacinadas as meninas que completam 9 anos de idade. Com isso, o Brasil, em apenas dois anos, protegerá as meninas de 9 a 13 anos – faixa etária que melhor se beneficia da proteção da vacina. No caso da população indígena, serão vacinadas meninas de 9 a 13 anos em 2014 e de 9 anos de idade a partir de 2015.
3. Por que o Ministério da Saúde incluiu a vacina contra o HPV no Calendário Nacional de Vacinação?
O vírus HPV é a principal causa do câncer do colo de útero, o terceiro tipo mais frequente entre as mulheres, atrás apenas do câncer de mama e de cólon e reto. Por isso, a incorporação da vacina no calendário nacional tem o objetivo de prevenir o câncer do colo do útero. Com a introdução da vacina no SUS, espera-se a redução da incidência e da mortalidade por esta doença. Estima-se que 270 mil mulheres, no mundo, morrem devido ao câncer de colo do útero. No Brasil, o Instituto Nacional do Câncer (INCA) estima o surgimento de 15 mil novos casos e cerca de 4,8 mil óbitos em 2014. Com a vacinação, também será possível a prevenção de verrugas genitais e outros tipos de câncer induzidos pelo HPV.
4. Qual é a meta de vacinação para 2014?
A meta é vacinar pelo menos 80% do grupo-alvo. Em 2014, esse público é formado por 4,9 milhões de meninas na faixa-etária de 11 a 13 anos em 2014. Com uma alta cobertura vacinal ocorre uma “imunidade coletiva ou de rebanho”. Ou seja, há a possibilidade de redução da transmissão mesmo entre as pessoas não vacinadas.
5. Por que o Ministério da Saúde estabeleceu a faixa etária de 9 a 13 anos?
A vacina adotada no SUS – chamada de quadrivalente - é altamente eficaz contra os tipos de HPV 6, 11, 16 e 18, sendo que os tipos 16 e 18 são responsáveis por cerca de 70% dos casos de câncer de colo do útero em todo mundo. A idade mais favorável à vacinação é a faixa etária entre 9 a 13 anos porque é neste período que a vacina garante maior proteção, já que as adolescentes não iniciaram a vida sexual, e, por isso, não estiveram expostas ao vírus.
6. Por que o Ministério da Saúde não incluiu os meninos na estratégia de vacinação?
6. Por que o Ministério da Saúde não incluiu os meninos na estratégia de vacinação?
Como o objetivo desta estratégia de vacinação é reduzir casos e mortes ocasionados pelo câncer de colo do útero, a vacinação será restrita ao sexo feminino. Estudos comprovam que os meninos passam a ser protegidos indiretamente com a vacinação no grupo feminino (imunidade coletiva), havendo drástica redução na transmissão de verrugas genitais entre homens após a implantação da vacina contra o HPV como estratégia de saúde pública.
7. Como o Ministério da Saúde irá sensibilizar os pais sobre a importância de vacinar suas filhas contra o HPV?
Os pais serão informados a partir de materiais informativos distribuídos pelo Ministério da Saúde, assim como as adolescentes e profissionais de saúde e educação. Esses materiais esclarecem os objetivos da vacinação e a sua relevância como medida de saúde pública para a redução da incidência e mortalidade pelo câncer do colo do útero. Campanhas publicitárias na televisão, cartazes, mídia em geral, redes sociais e grupos de jovens serão, ainda, estratégias utilizadas para sensibilização.
8. Como funcionará a vacinação nas escolas?
Os pais devem checar se o município onde reside realizará vacinação nas escolas. As secretarias municipais de Saúde foram orientadas a programar a vacinação nas escolas públicas e privadas que aderiram à estratégia. As instituições de ensino devem informar, com antecedência, aos pais ou responsáveis a data de vacinação. Na escola, a vacina será aplicada em ambientes seguro e adequado e por profissionais de saúde.
9. Para ser vacinada nas escolas, a adolescente precisa de autorização dos pais? E nos postos de saúde?
A vacinação contra o HPV é uma importante ação de saúde pública para a prevenção do câncer de colo do útero. Os pais que não quiserem que seus filhos sejam vacinados nas escolas deverão preencher o Termo de Recusa de vacinação contra HPV entregue pela própria escola e enviar para a instituição de ensino durante o período em que o ocorrer a vacinação nestas localidades. Nas unidades de saúde, a adolescente que queira se vacinar deve apresentar a caderneta de vacinação ou documento de identidade, sem a necessidade de autorização dos pais ou responsáveis.
10. Se a adolescente não puder comparecer no período de vacinação na escola, ela poderá vacinar em outro momento?
Sim. A vacina está disponível nas unidades de saúde.
11. Adolescentes que já tomaram outros tipos de vacina contra o HPV, como devem proceder?
O Ministério da Saúde recomenda que a adolescente continue o esquema com a mesma vacina nos próprios serviços onde se iniciou a vacinação contra o HPV.
12. Se a adolescente tiver feito a primeira dose na rede privada antes da campanha e quiser completar o esquema na rede pública?
Sim, a adolescente poderá tomar até duas doses seguintes na rede pública.
13. Se a adolescente de 11 a 13 anos ainda não tomou a primeira dose ela ainda pode tomar?
Sim. A vacina está disponível para as meninas que fazem parte do público-alvo nas 36 mil salas de vacinação da rede pública de saúde, durante todo o ano.
14. Se a adolescente tomou a primeira dose com 13 anos e já completou 14 anos pode tomar a 2ª dose?
Sim. Todas as meninas que começaram a vacinação deverão seguir o esquema vacinal, composto por três doses.
VACINA E SUA PROTEÇÃO
15. Que vacina contra o HPV é oferecida no SUS?
O Ministério da Saúde adquiriu a vacina quadrivalente, que confere proteção contra quatro tipos (6, 11, 16 e 18) do HPV. O esquema de vacinação adotado pelo Ministério da Saúde é chamado de “estendido” e composto por três doses, sendo que a 2ª dose deve ser aplicada seis meses após a 1ª e a 3ª dose, cinco anos depois da 1ª. O esquema “estendido” é recomendado pela Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS/OMS) e utilizado em países como Canadá, México, Colômbia e Suíça e garante maior duração da proteção fornecida pela vacina.
16. A vacina é administrada por via oral ou é injeção?
É por via intramuscular - injeção de apenas 0,5 ml em cada dose.
17. A vacina contra HPV provoca algum efeito colateral? O que fazer caso sinta alguns desses sintomas?
A vacina é muito segura. Pode ocorrer eventos adversos leves como dor no local da aplicação, inchaço e coloração avermelhada. Em casos raros, pode ocasionar dor de cabeça, febre maior que 38º C e desmaios. É importante ressaltar que a ocorrência de desmaios durante a vacinação contra HPV não está relacionada à vacina especificamente, mas sim ao processo de vacinação, que pode acontecer com a aplicação de qualquer produto injetável. Em caso de algum desses sintomas, o Ministério da Saúde recomenda que a adolescente procure uma unidade de saúde mais próxima relatando o que sentiu ou está sentindo.
18. Em quais situações a vacina contra o HPV não deve ser administrada?
A vacina é contraindicada a gestantes, meninas com hipersensibilidade ao princípio ativo da vacina (sulfato de hidroxifosfato de alumínio amorfo) e que apresentarem alguma reação alérgica grave após receberem a primeira dose.
19. Como foi adquirida a vacina pelo SUS?
Para a aquisição da vacina contra o HPV, o Ministério da Saúde firmou Parceria para o Desenvolvimento Produtivo (PDP) com o laboratório público Instituto Butantan e o laboratório privado MerckSharpDohme (MSD). Será investido R$ 1,1 bilhão na compra de 41 milhões de doses da vacina durante cinco anos – período necessário para a total transferência de tecnologia ao laboratório brasileiro. Somente para 2014, foram adquiridas 15 milhões de doses. A PDP possibilitou uma economia estimada de R$ 83,5 milhões na compra da vacina em 2014. O Ministério da Saúde pagará R$ 31,02 por dose, o menor preço já praticado no mercado.
PREVENÇÃO
20. Meninas que já tiveram diagnóstico de HPV podem se vacinar?
Sim. Existem estudos com evidências de que a vacina previne a reinfecção ou a reativação da doença relacionada ao vírus nela contido.
21. A vacinação contra HPV substituirá o exame de Papanicolau?
Não. É importante lembrar que a vacinação é uma ferramenta de prevenção e não substitui o rastreamento do câncer do colo do útero em mulheres na faixa etária entre 25 e 64 anos. Assim, as meninas vacinadas, só terão recomendação para o rastreamento quando atingirem a faixa etária preconizada para o exame Papanicolau e já tiverem vida sexual ativa.
22. Mesmo vacinada será necessário utilizar preservativo durante a relação sexual?
Sim, quando iniciarem a vida sexual, é imprescindível manter a prevenção por meio do uso de preservativo na relação. O preservativo protege, além do HPV, outras doenças transmitidas por via sexual, como HIV, sífilis, hepatite B, etc.
SOBRE O HPV E O CANCER DO COLO DO ÚTERO
23. O que é HPV?
Sigla em inglês para Papilomavírus Humano (Human Papiloma Virus - HPV). Os HPV são vírus capazes de infectar a pele ou as mucosas. Existem mais de 150 tipos diferentes de HPV.
O HPV de tipos 16 e 18 causam a maioria dos casos de câncer de colo do útero em todo mundo (cerca de 70%). Já os de tipo 6 e 11, estão relacionados ao surgimento de verrugas genitais e papilomas laríngeos.
O HPV de tipos 16 e 18 causam a maioria dos casos de câncer de colo do útero em todo mundo (cerca de 70%). Já os de tipo 6 e 11, estão relacionados ao surgimento de verrugas genitais e papilomas laríngeos.
24. Como o HPV é transmitido?
O HPV é altamente contagioso, sendo possível contaminar-se com uma única exposição, e a sua transmissão se dá por contato direto com a pele ou mucosa infectada. A principal forma é pela via sexual, que inclui contato oral-genital, genital-genital ou mesmo manual-genital. Portanto, o contágio com o HPV pode ocorrer mesmo na ausência de penetração vaginal ou anal. Também pode haver transmissão durante o parto. Embora seja raro, o vírus pode propagar-se também por meio de contato com mão.
25. O que é câncer do colo do útero?
É uma doença grave, caracterizada pelo crescimento anormal de células do colo do útero. Cerca de metade de todas as mulheres diagnosticadas com câncer de colo do útero tem entre 35 e 55 anos de idade. Muitas provavelmente foram expostas ao HPV na adolescência ou na faixa dos 20 anos de idade. Estima-se que 270 mil mulheres, no mundo, morrem devido ao câncer de colo do útero. No Brasil, o Instituto Nacional do Câncer (INCA) estima o surgimento de 15 mil novos casos e cerca de 4,8 mil óbitos em 2014.
26. Como se prevenir da transmissão do HPV e do câncer do colo do útero?
As medidas de prevenção mais importantes são uso do preservativo nas relações sexuais, evitar termuitos parceiros sexuais, realizar higiene pessoal, vacinar-se contra o HPV e realizar o exame Papanicolau. É importante lembrar que só a vacina contra o HPV não protege contra o vírus.
Por Mariette LE ROUX | AFP | 28 - Atualizada em 29/ às 18:29
Lobos-marinhos relaxam no Píer 39, em San Francisco-EUA Foto: Don Emmert/AFP |
Os lobos-marinhos podem ter introduzido a tuberculose nas Américas séculos antes de Cristóvão Colombo pisar no continente, afirmam cientistas.
Um novo estudo desafia a teoria de que foram os europeus que introduziram a tuberculose no Novo Mundo, onde a doença matou milhões de indígenas americanos, assim como a tosse coqueluche, a varíola e a gripe.
Vinte milhões de seres humanos viviam nas Américas antes da chegada dos europeus, e 95% morreram de doenças, para as quais não tinham imunidade.
No entanto, os últimos dados revelam que a tuberculose "pode ter desempenhado um papel na morte de indígenas americanos, antes da chegada dos europeus", segundo a Fundação Nacional de Ciência dos Estados Unidos (NSF, na sigla em inglês), que ajudou a financiar a pesquisa.
Uma equipe de especialistas internacionais analisou o DNA das bactérias em três esqueletos humanos que datam de mil anos, encontrados no Peru, e descobriram um tipo de tuberculose similar a cepas que atualmente afetam focas, lobos e leões-marinhos.
A descoberta revelou "uma via de entrada plausível, embora inesperada, no Novo Mundo", escreveram os autores do estudo.
Isto indica que os lobos-marinhos podem ter se contagiado de animais hospedeiros na África, onde a doença aparentemente se originou, e que chegaram nadando pelo Atlântico até a América do Sul.
Os mamíferos provavelmente foram comidos por habitantes do litoral, que por sua vez contaminaram outros com a bactéria, acrescentou o estudo, publicado semana passada na revista "Nature".
"A fonte da tuberculose no Novo Mundo foi, durante muito tempo, uma interrogação para os cientistas", afirmou, em um comunicado, a diretora do programa de Biologia Antropológica da NSF, Elizabeth Tran.
"Este estudo traz provas importantes de que os mamíferos marinhos são os possíveis culpados", completou.
A análise também revelou que a tuberculose na forma como a conhecemos hoje é muito mais recente do que se pensou inicialmente e pode ter se desenvolvido na África há 6.000 anos.
- Uma cepa de tuberculose extinta -
O estudo dá respostas a uma certa quantidade de questionamentos sobre a tuberculose nas Américas.
Geneticamente, cepas modernas de tuberculose do Novo Mundo estão estreitamente relacionadas com as europeias, o que levou à conclusão de que os europeus introduziram a doença após o primeiro contato do navegador genovês Cristóvão Colombo com os ameríndios, em 1492.
No entanto, há provas arqueológicas em esqueletos e múmias de tuberculose presente séculos antes.
Alguns sugeriram que a doença pode ter se disseminado entre os primeiros humanos da África, antes de a ponte terrestre do estreito de Bering inundar entre a Sibéria e o Alasca, no final da última glaciação, há 11.700 anos.
Mas isso não chega a explicar a semelhança genética com as cepas europeias, ou o fato de que a tuberculose provavelmente é uma doença mais recente.
O último estudo sobre o tema concluiu que o bacilo da tuberculose, encontrado em três esqueletos, era diferente das cepas atualmente presentes nas Américas.
Embora tenha sido trazida pelos mamíferos marinhos, a doença aparentemente foi substituída por cepas europeias.
"A conexão com lobos e leões-marinhos é importante para explicar como esse patógeno adaptado aos mamíferos que se desenvolveu na África há 6.000 anos pode ter chegado ao Peru 5.000 anos depois", disse o coautor Johannes Krause, da Universidade de Tubinga, na Alemanha.
"Uma introdução por via marinha parece ser a forma mais provável de a doença ter alcançado os seres humanos nas Américas milhares de anos depois da inundação da ponte de terra de Bering, quando não eram mais possíveis movimentos terrestres para as Américas", continuou.
Mais de 8,6 milhões de pessoas tiveram tuberculose em 2012, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), e 1,3 milhão morreu dessa doença, a primeira causa de morte entre pacientes infectados com HIV.
As cepas que subexistem nos lobos-marinhos ainda podem afetar os seres humanos, embora isso ocorra raramente, afirmaram os pesquisadores.
Por Agência Saúde | 29 - Atualizada em 29/ às 18:15
A segunda dose da vacina conta o vírus HPV, que protege contra o câncer do colo de útero, começa a ser aplicada em meninas de 11 a 13 anos, a partir da próxima segunda-feira (1º/9) em todo o Brasil. A aplicação da segunda dose, seis meses após a primeira, é fundamental para garantir a imunização contra o HPV até que receba a dose de reforço, em cinco anos. Com o esquema vacinal completo, a adolescente garantirá a proteção contra o câncer de colo do útero, terceiro tumor mais frequente na população feminina, atrás do câncer de mama e do colorretal, e a terceira causa de morte de mulheres por câncer no Brasil.
O Ministério da Saúde passou a ofertar a vacina no Sistema Único de Saúde (SUS) em 10 de março. Em apenas seis meses, 4,3 milhões de meninas nessa faixa-etária já foram vacinadas, atingindo 87,3% do público-alvo - uma das maiores coberturas para essa vacina em todo o mundo. A meta do Ministério da Saúde era vacinar 80% das 4,9 milhões de meninas de 11 a 13 anos residentes no país.
A vacinação nas escolas foi o diferencial para o alcance da meta nacional. Por isso, o Ministério da Saúde recomenda aos municípios repetir a estratégia para a aplicação da segunda dose. Para quem preferir ir ao serviço de saúde, a vacina está disponível, durante todo o ano, nas mais de 36 mil salas de vacinação espalhadas pelo Brasil.
Três doses – A vacina também está disponível para aquelas que ainda não tomaram a primeira dose. Para receber a segunda dose da vacina HPV, basta apresentar o cartão de vacinação ou documento de identificação na unidade de saúde. Cada adolescente deverá tomar três doses para completar a proteção, sendo que a segunda, seis meses depois da primeira, e a terceira, de reforço, cinco anos após a primeira dose. Neste ano, serão vacinadas as adolescentes do primeiro grupo (11 a 13 anos). Em 2015, a vacina passa a ser oferecida para as adolescentes de 9 a 11 anos e, em 2016, às meninas de 9 anos.
Para o primeiro ano de vacinação, o Ministério da Saúde adquiriu 15 milhões de doses. O SUS oferece a vacina quadrivalente, que confere proteção contra quatro subtipos (6, 11, 16 e 18), com 98% de eficácia. Os subtipos 16 e 18 são responsáveis por cerca de 70% dos casos de câncer de colo do útero em todo mundo e os subtipos 6 e 11 por 90% das verrugas anogenitais.
Além de adquirir as doses para a vacinação, o Ministério da Saúde firmou uma Parceria para o Desenvolvimento Produtivo (PDP) com o Butantan e o laboratório Merck para a produção da nacional da vacina. Serão investidos R$ 1,1 bilhão na compra de 36 milhões de doses da vacina durante cinco anos – período necessário para a total transferência de tecnologia ao laboratório brasileiro. A PDP possibilitou uma economia estimada de US$ 19,7 milhões na compra da vacina em 2014. O Ministério da Saúde pagará R$ 31,02 por dose, o menor preço já praticado no mercado.
Campanha – A partir de 1º de setembro, a campanha publicitária vai orientar os responsáveis sobre a importância da vacina HPV e a ficarem atentos ao período de vacinação nas escolas das filhas ou procurar uma unidade de saúde. Com tema “Cada menina é de um jeito, mas todas precisam de proteção”, as peças serão veiculadas por meio de cartazes, spot de rádio, filme para TV, anúncio em revistas, outdoors e campanhas na internet.
Nas redes sociais, a campanha ganhará reforço de jovens famosas, como a atriz Klara Castanho (Paulinha de Amor à Vida), de 13 anos, e a atriz, apresentadora e cantora Maisa Silva, de 12 anos. Para aproveitar o sucesso conquistado junto ao público-alvo da campanha - meninas de 11 a 13 anos –, além da grande popularidade nas redes sociais, as atrizes irão gravar voluntariamente vídeos e postar mensagens, convidando as meninas de todo o país para tomar a segunda dose da vacina. O material cedido pelas atrizes teens será utilizado nas páginas oficiais do órgão nas redes sociais. As atrizes Giulia Garcia (Ana das Chiquititas), de 11 anos, e Julia Gomes (Mirian das Chiquititas), de 12 anos, também integram o time de voluntárias. Juntas, elas reúnem 485,6 mil curtidas no Facebook, 656 mil seguidores no Instagram e 264 mil no Twitter.
Segurança - A vacina contra HPV tem eficácia comprovada para proteger mulheres que ainda não iniciaram a vida sexual e, por isso, não tiveram nenhum contato com o vírus. Hoje, ela é utilizada como estratégia de saúde pública em 51 países, por meio de programas nacionais de imunização. Estimativas indicam que, até 2013, foram distribuídas cerca de 175 milhões de doses da vacina em todo o mundo. A sua segurança é reforçada pelo Conselho Consultivo Global sobre Segurança de Vacinas da Organização Mundial de Saúde (OMS).
Tomar a vacina na adolescência é o primeiro de uma série de cuidados que a mulher deve adotar para a prevenção do HPV e do câncer do colo do útero. No entanto, ela não substitui a realização do exame preventivo e nem o uso do preservativo nas relações sexuais. O Ministério da Saúde orienta que mulheres na faixa etária dos 25 aos 64 anos façam o exame preventivo, o Papanicolau, a cada três anos, após dois exames anuais consecutivos negativos.
Sobre o HPV – É um vírus transmitido pelo contato direto com pele ou mucosas infectadas por meio de relação sexual. Também pode ser transmitido da mãe para filho no momento do parto. Estimativas da Organização Mundial da Saúde indicam que 290 milhões de mulheres no mundo são portadoras da doença, sendo 32% infectadas pelos tipos 16 e 18. Em relação ao câncer de colo do útero, estudos apontam que 270 mil mulheres, no mundo, morrem devido à doença. Neste ano, o Instituto Nacional do Câncer estima o surgimento de 15 mil novos casos.
Por Samuel STRAIOTTO | 25 - Atualizada em 25/ às 22:02
Foto: Divulgação |
Até o fim desta semana, 400 agentes de combate a Dengue estarão vistoriando diferentes imóveis para tentar identificar os índices de infestação na cidade.
5% das residências de Goiânia serão vistoriadas. Será feita uma pesquisa por amostragem.
Trata-se do Levantamento de Índice Rápido para o Aedes aegypti. Algumas quadras em bairros serão sorteadas para que os agentes procurem identificar os focos do mosquito Aedes Aegypthi.
De acordo com o diretor de Vigilância e Controle de Zoonozes da Secretaria Municipal de Saúde, Edison Gomes, explica que há uma recomendação do Ministério da Saúde, para manter os índices baixos.
“Infelizmente nós temos visto que dentro das residências, dentro dos ambientes comerciais nós ainda encontramos focos, até em locais inesperados, por exemplo, nas escolas que ficarão de férias em julho e os índices ficaram acima de 4%”, relata Edison Gomes.
De acordo com o Ministério da Saúde, índices entre 0 e 1% são considerados sem risco. Entre 1,1 a 3,9% a situação é de risco e acima de 4% de alto risco.
No último levantamento feito no mês de maio, ficou constatado que em 47% dos bairros de Goiânia, o índice de infestação ficou acima de 1%.
Entre os bairros com maior índice estão: Setor Leste Universitário, Setor Leste Vila Nova, Setor Bueno e Jardim Novo Mundo.
Edison Gomes analisa que o levantamento é apenas um trabalho rotineiro
“Nós fazemos este trabalho cinco vezes ao ano. Fazemos para nortear nosso trabalho. Vasos sanitários sem uso, piscinas abandonadas entre outros locais nos preocupam, pois podem servir de criadouro do mosquito transmissor da Dengue, afirma o diretor do Centro de Zoonozes”.
Até o momento em Goiânia foram registrados 20 mil 849 casos e 14 mortes foram registradas.
Por SES/ES | 25 às 16:38 - Atualizada em 25/ às 21:46
Reprodução/internet |
A equipe da brigada Itinerante visitou 63.362 imóveis.
O trabalho de combate à Dengue não pode parar. A Brigada Itinerante, considerada a tropa de elite para eliminar o Aedes aegypti, é um trabalho em parceria entre a Secretaria de Estado da Saúde (SES), através da Fundação Estadual de Saúde (Funesa), com as Secretarias Municipais, e que dá todo o suporte para eliminar o vetor transmissor da doença. Através dela, os agentes de endemias vão até às residências e aos terrenos baldios, para detectar possíveis focos da dengue, e orientam os munícipes sobre os cuidados e a prevenção.
De janeiro a agosto de 2014, a Brigada Itinerante já visitou os municípios de Divina Pastora, Capela, São Domingos, Pedrinhas, Carira, Itabaiana, Aracaju, São Cristóvão, Laranjeiras, Itaporanga, Salgado, Pinhão, Japaratuba, Barra dos Coqueiros, Rosário do Catete, Maruim e Siriri. A equipe visitou 63.362 imóveis. No período, foram destruídos 84.962 focos da doença. 16.926 criadouros receberam a aplicação de larvicida. Este ano, 94 escolas já receberam a visita dos profissionais que palestraram para 17.897 alunos.
"Antes da Brigada Itinerante entrar em ação no município, o gestor local identifica quais são as áreas prioritárias que precisam ser trabalhadas. Paralelo a isso, eles divulgam aos seus munícipes a presença da Brigada para que abram suas casas e não escondam se houver possíveis criadouros. A Brigada Itinerante leva saúde para a família e para a localidade.
A equipe também desenvolve trabalhos em feiras livres e nas escolas para mobilizar através da educação, disponibilizando conteúdo informativo, explicando sobre a doença e a importância da prevenção. É um trabalho contínuo", afirma José Bastos, coordenador de Prevenção e Promoção à Saúde da Funesa, órgão responsável pela Brigada Itinerante Estadual.
No próximo mês de setembro, a Brigada Itinerante passará pelos municípios de Itabaiana, Pirambu, Nossa Senhora da Glória, Pinhão, Malhador e Simão Dias.
"O cuidado para combater o surgimento de criadouros e a proliferação do Aedes aegypti é constante. Eles estão em depósitos domiciliares, no lixo doméstico, em ralos, calhas, vasos de planta, copos descartáveis. Uma simples casca de ovo abandonada pode acumular as larvas do mosquito. É preciso que todos fiquem atentos, também, às chuvas alternadas com temperaturas elevadas. As chuvas à noite e sol forte ao longo do dia tornam o ambiente propício à proliferação do mosquito", explica Sidney Sá, coordenadora do Núcleo de Endemias da Secretaria de Estado da Saúde.
Fumacê
Além dos agentes da Brigada Itinerante, o Carro Fumacê (Ultra Baixo Volume) também é um grande aliado. Ele atua especificamente na eliminação das fêmeas do Aedes aegypti e deve ser usado somente para bloqueio de transmissão de casos de Dengue e para controle da doença.
Este ano, 13 municípios já receberam a aplicação do Carro Fumacê: Aracaju, São Cristóvão, Umbaúba, Itabaianinha, Ilha das Flores, Barra dos Coqueiros, Nossa Senhora do Socorro, Salgado, Tobias Barreto, Itaporanga, Nossa Senhora da Glória, Aquidabã e Porto da Folha.
"O Carro Fumacê compõe um conjunto de atividades emergenciais e deve ser aliado às demais ações de controle feitas pelos agentes de saúde dos municípios. É de responsabilidade das Vigilâncias Municipais realizar ações de controle focal, de destruição e de tratamento do foco dos mosquitos, além de informar ao Estado os casos suspeitos, notificados e confirmados", reforça Sidney Sá.
Ainda segundo a coordenadora, o combate à Dengue é um dever de toda a comunidade . "Os munícipes precisam contribuir eliminando os criadouros do mosquito em suas residências, nos sítios, etc. Já os municípios precisam fazer a busca ativa e ir até o caso suspeito, além da limpeza adequada de ruas, canais, praças, cemitérios, o recolhimento correto e regular do lixo", complementa Sidney Sá.
Pelo Brasil
As ações de combate à Dengue acontecem em todo o Brasil. No final de 2013, foram destinados recursos de R$363,4 milhões direto para os municípios brasileiros. São recursos destinados para vigilância, prevenção e controle da doença. Além disso, estados e municípios receberam 100 mil kg de larvicida (produto para matar a larva do mosquito), 227 mil litros de adulticida (inseticida para matar o mosquito) e 10,4 mil kits para diagnóstico.
Por Yana Lima/ Portal da secretaria de saúde do estado de Roraima | 21 às 15:10 - Atualizada em 21/ às 21:00
Reprodução/internet |
Existem quatro variações do vírus que causa a dengue (DEN-1, DEN-2, DEN-3 e DEN-4) e na última epidemia registrada em Roraima, no ano de 2010, houve a reintrodução do tipo 4, e desde então, circulavam três tipos do vírus. Isso porque, 2008 foi o último ano de registro do DENV3. Um fato que chama a atenção é que recentemente foi identificado o tipo 3 em uma paciente oriunda da Venezuela, que foi internada no Hospital Geral de Roraima (HGR).
A situação chama a atenção não pelo vírus em si, que não é mais nem menos perigoso que os outros tipos, mas pela entrada em ação de mais uma variação do micro-organismo. Quem já teve dengue causada por um tipo do vírus não registra um novo episódio da doença com o mesmo tipo. Ou seja, quem já teve dengue devido ao tipo 1 só pode ter novamente se ela for causada pelos tipos 2, 3 ou 4, portanto, uma pessoa só pode ter dengue até quatro vezes.
Dessa forma, quanto mais vírus estiverem em circulação, maior a probabilidade de haver uma infecção. “Desde 2009 [quando o tipo 3 havia deixado de circular] nasceram mais de 53 mil crianças, que nunca tiveram contato com o tipo da doença, se tornando um público mais suscetível à dengue”, explicou o diretor interino do Departamento Estadual de Vigilância Epidemiológica (DVE), Joel Lima.
A forma grave da doença também pode ocorrer em quem tem a doença pela primeira vez, no entanto, cada vez que uma pessoa tem dengue, aumenta o risco de ter a forma hemorrágica, o quadro mais grave da doença. Isso acontece porque, quando o organismo já tem anticorpos de um tipo, facilita a entrada de outro vírus na célula sanguínea.
Nos últimos dois anos foram registrados apenas três casos de dengue com complicação (um em 2012 e dois casos em 2013). Apesar do nome "dengue hemorrágica", o principal perigo da doença não são os sangramentos, mas sim a pressão arterial muito baixa.
Uma das hipóteses para não estar havendo alta transmissão da dengue, apesar da alta incidência de focos do mosquito Aedes aegypti no Estado, é o chamado "esgotamento de suscetíveis", uma barreira imunitária devido à grande quantidade de pessoas infectadas. É justamente este o grande risco de uma epidemia do novo vírus, o chikungunya. Com a falta desta barreira imunitária para a doença, toda a população local está suscetível.
AÇÕES DE CONTROLE
Por mais ações que o poder público possa executar, a maneira mais eficaz é que a população procure acabar com os criadouros dos mosquitos. “Se a população tirar cinco minutos do seu dia para fazer uma breve análise do seu quintal, já está fazendo sua parte”, pontuou Lima.
O Aedes aegypti é um mosquito doméstico, que vive dentro ou nas proximidades das habitações. O único modo possível de evitar ou reduzir a duração de uma epidemia e impedir a introdução de um novo tipo do vírus do dengue é a eliminação dos transmissores.
Por Agência AFP | 20 - Atualizada em 21/ às 20:52
Este fungo, denominado Leptolegnia Chapmanii, pode sobreviver em águas turvas ou cristalizadas, com diferentes PHs |
Cientistas argentinos encontraram um fungo, adaptável a múltiplos hábitats, que destrói as larvas dos mosquitos transmissores da dengue e chikungunya, duas epidemias virais sem vacinas comerciais e cujo controle de baseia na prevenção.
Este fungo, denominado Leptolegnia chapmanii, pode sobreviver em águas turvas ou cristalizadas, com diferentes PHs, em temperaturas variáveis e é cultivável a baixo custo, razão pela qual aparece como uma promissora arma biológica.
Seu poder letal demonstrou eficácia em larvas de 15 espécies de mosquitos, entre elas a do "Aedes Aegypti" e do "Aedes Albopistus", vetores da dengue, uma doença viral tropical que pode ser mortal em sua variação hemorrágica e que é endêmica em muitos países.
Estes mosquitos também são responsáveis pela propagação da febre chikungunya, declarada em julho como epidemia pela Organização Mundial da Saúde (OMS), que denominou de "grave" a situação nas Américas, onde foram reportados 5.000 casos.
"Procuramos um inseticida biológico capaz de ser formulado para o controle da propagação", explicou à AFP Juan García, doutor em Ciências Naturais encarregado da pesquisa na Universidade Nacional de La Plata, da qual participam oito cientistas argentinos e um colombiano.
A descoberta ocorreu quando se realizavam trabalhos de campo sobre micro-organismos que se reproduzem em águas paradas na periferia da cidade de La Plata, 60 quilômetros ao sul da capital federal, sede do estadual Centro de Estudos Parasitológicos e de Vetores (CEPaVe), chefiado por García.
"Nós o cultivamos em meios artificiais, começamos os testes de campo para determinar seu poder mortal e comprovamos que não afeta em nada nenhuma espécie de peixes, rãs ou outros seres vivos aquáticos, afeta apenas as larvas destes mosquitos", disse.
O fungo é capaz de matar o inseto apenas em sua fase aquática e na fase de larva, na qual permanece por 10 dias, enquanto sua eficácia se debilita quando passa à fase posterior de pupa, anterior à etapa aérea.
"A pupa é muito dura para ser afetada pelo fungo, mas na fase de larva, seu poder pode ser mortal", explicou.
Por G1 CE | 19 - Atualizada em 19/ às 15:28
Reprodução/internet |
O Ceará já registra quase oito mil casos de dengue neste ano. Segundo boletim da Secretaria da Saúde do Estado (Sesa) divulgado nesta sexta-feira (18), 7.897 casos da doença foram confirmados no estado em 2014. A doença aparece em 127 dos 184 municípios do Ceará, o que representa 69% do total de cidades. As cidades com maior incidência – acima de 300 por 100.000 habitantes – são Araripe, Alto Santo, Arneiroz, Brejo Santo, Campo Sales, Icó , Jaguaribara, Lavras da Mangabeira, Nova Olinda, Pereiro, Parambu, Santana do Cariri, Tauá e Umari. Dos casos confirmados de dengue a faixa etária de 20 a 29 anos predomina com 22,1% do total dos casos confirmados.
Foram notificados 243 casos graves, com 49 mortes em todo o Estado. Destes, foram confirmados 191 casos (19 óbitos), sendo 168 casos de dengue com sinais de alarme (DCSA) e 23 casos (19 óbitos) de dengue grave (DG). De acordo com a Sesa, houve um aumento de 13% dos casos graves confirmados comparados ao mesmo período de 2013.
Em números absolutos, Fortaleza tem o maior número de casos, com 1.983 confirmações e 12 mortes. Outras nove mortes estão sendo investigadas.
TratamentoNão existe um medicamento específico para a doença. Os sintomas são medicados para alívio das dores. “Se o paciente tiver dor, vai tomar remédio para dor. Se tiver náusea, remédio para náusea”, explica o médico. Ele alerta para o uso de medicamentos antiinflamatórios, a base de ácido acetil-salicílico e fitoterápicos, já que eles“alteram a coagulação do sangue e aumentam o risco de sangramento”.Como os pacientes com dengue perdem muito líquido, é preciso um cuidado redobrado com a hidratação. Beber muita água, suco, água de coco ou isotônicos é fundamental ao tratamento. Por outro lado, os especialistas recomendam que sejam evitadas bebidas alcoólicas, diuréticas ou gaseificadas, como refrigerantes.
Por Redação do Sesap | 19 - Atualizada em 19/ às 15:12
Representantes de Portugal conhecem experiências da saúde no RN |
Secretário adjunto da pasta, Marcelo Bessa, apresentou as ações da secretaria no combate a dengue e os avanços tecnológicos na pesquisa biomédica realizados no RN.
O secretário adjunto da Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap), Marcelo Bessa, recebeu na manhã desta terça-feira (19) o secretário regional dos Assuntos Sociais da Região Autônoma da Madeira, em Portugal, Francisco Jardim Ramos e representantes do país, onde apresentou as ações da secretaria no combate a dengue e os avanços tecnológicos na pesquisa biomédica realizados no Rio Grande do Norte.
O secretário Marcelo Bessa, acompanhado de técnicos da Sesap, fez uma explanação de como está estruturado o Plano Estadual de Saúde e o trabalho que tem sido desenvolvido junto aos municípios para interromper a cadeia de transmissão da dengue e a eliminação dos criadouros do mosquito nas oito Regiões de Saúde do estado.
“Desde 2013 que o RN vem apresentando uma redução significativa no número de casos notificados da doença. Em 2014 foram notificados 9.425 casos de dengue, enquanto no mesmo período de 2013 foram notificados 19.242 casos, uma redução de 51,02%. Esse encontro vai permitir um intercâmbio de experiências no combate a essa doença que já começa a afetar a Região Autônoma da Madeira”, explica Marcelo Bessa.
Os representantes portugueses também solicitaram a Sesap uma articulação para conhecerem o Instituto Internacional de Neurociências de Natal Edmond e Lily Safra (IINN-ELS), com sede em Macaíba. O instituto que tem a frente o neurocientista brasileiro Miguel Nicolelis chamou a atenção do mundo com a exibição do exoesqueleto do projeto “Andar de Novo”, durante a abertura dos jogos da Copa do Mundo 2014, no dia 12 de junho na Arena Corinthians em São Paulo. A Região Autônoma da Madeira demonstrou interesse em fazer parcerias acadêmicas com o IINN-ELS.
Além do secretário regional dos Assuntos Sociais da Região Autônoma da Madeira, participaram da reunião, Francis Lamy do Consulado Honorário Português em Natal, o empresário e representante da Câmara Portuguesa de Comércio no Brasil, Luís Jorge e técnicos da Sesap.
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