setembro 2014
Por MNAS -Mobilização Nacional dos Agentes de Saúde (ACS e ACE) 27 - Atualizada em 27/ às 12:20
Teve início, no último dia 17/09, e se estenderá até o dia 05 de outubro - a mobilização dos Agentes de saúde do Brasil, em defesa do “Piso Salarial Nacional.” A MNA - Mobilização Nacional dos Agentes de Saúde estará usando as suas mídias sociais intergradas para denunciar os desvios de recursos públicos da União destinado ao custeio do pagamento dos Agentes Comunitários de Saúde (ACS) e dos Agentes de Combate às Endemias (ACE). Em junho passado foi sancionado, pela presidência da república, o PL 270/2006, que deu origem a Lei Federal 12.994/2014 (Lei do Piso Salarial Nacional dos Agentes de Saúde), esta garante o repasse de R$ 1.014,00 por cada agente de saúde aos municípios a que eles são vinculados, além de estabelecer outras garantias como a criação do Plano de Cargos e Carreiras. Apesar de tal fato, mesmo ocorrendo o envio de tais recursos da União, os prefeitos não estão garantindo o salário base no citado valor aos trabalhadores.
Atualmente agentes de saúde (ACS e ACE) de todos os estados brasileiros estão usando as mídias sociais, principalmente o Facebook e Twitter, para denunciar o desvio de recursos públicos da União. A MNAS tem coordenado as manifestações nas mídias sociais, assim como ocorreu em abril de 2013, quando quase um milhão e meio de trabalhadores da saúde se manifestaram nas redes sociais por melhores condições de trabalho.
O próprio direito ao Piso Nacional e à carreira, através da lei Federal nº 12.994/2014, a própria Emenda Constitucional nº 63/2010, que federalizou o piso dos ACS e ACE e foi fruto de uma contínua e duradoura mobilização nacional dos agentes de saúde. Mas a aprovação de uma lei por si só não é o mesmo que ter a lei eficácia de se tornar realidade na vida social e profissional dos trabalhadores. Para uma lei ter eficácia é necessário manter a mobilização. Só assim se garantirá sua aplicação! Para que sua previsão se torne realidade. Para que o piso nacional dos agentes de saúde seja fato, nos contracheques desses trabalhadores, em todos os municípios do Brasil, de Norte a Sul, de Leste a Oeste, é necessário que a busca por tal garantia sobreviva as adversidades, impostas pelos maus gestores públicos. E mesmo com a mobilização, têm-se que manter constantemente a busca da manutenção dos direitos conquistados, para garantir os reajustes anuais e para ampliar as conquistas. Pois assim é a dialética das lutas dos trabalhadores, não apenas no Brasil, mas, também, na história do mundo. Maquiavel já dizia: “que o governante esperto mantém a espada fora da bainha em tempos de paz, pois se guardar e for atacado, antes que saque a espada, terá a cabeça cortada!” Luta, mobilização e unidade constante deve sempre ser o lema, como meio para implementar direito, manter o direito implementado e ampliá-lo. Logo só haverá lei, direito e cidadania eficaz com mobilização permanente.
O direito à saúde consta com status de direito social no artigo 6º da Constituição Federal, Lei maior do Brasil, que está no Capítulo II, do Título II, da Constituição Federal, que coloca o direito à saúde como direito fundamental, dotado de máxima efetividade nos termos do contido no parágrafo 1º, do artigo 5º, da Constituição Federal. Lembrando ainda que o direito à saúde é direito humano universal, assim conforme a Declaração Universal dos Direitos Humanos e os principais tratados internacionais sobre direitos humanos ratificados pelo Brasil. No artigo 196, da Constituição, consta que saúde é direito de todos os brasileiros e dever do Estado. Portanto, a valorização dos agentes comunitários de saúde e dos agentes de combate às endemias é fundamental para que a política da saúde no Brasil seja uma realidade e garanta o direito à vida digna para todos. Pois de nada adianta a liberdade, direitos civis, políticos ou direitos sociais, para um morto. A vida, ao lado da liberdade, é um dos mais importantes direitos do cidadão e da cidadã, em parte garantido pelo trabalho dos ACS e ACE’s, que são fundamentais para garantia da efetivação do direito à saúde.
A história do Brasil, em se tratando do setor público, tem sido a luta do patrimonialismo contra os objetivos do Estado do Bem-estar social, que tem que ter como objetivo principal efetivar políticas públicas para o bem comum, assim prevalecendo o interesse público sobre o interesse privado. OCORRE QUE A GRANDE MAIORIA DOS QUE GOVERNAM, SOBRETUDO PREFEITOS, representam o setor privado, o setor econômico, a cultura do patrimonialismo que é se apossar das verbas do Poder Público, misturando o privado com o estatal. Eles tentam se apossar do Estado e dos seus recursos para o patrocínio de seus interesses pessoais, de seus grupelhos políticos e interesses privados. O mesmo se aplicando à grande maioria dos vereadores eleitos nos 5.570 municípios brasileiros. Apesar do Povo ser a fonte do poder, o povo só é poder quando mobilizado e organizado, em luta e resistência permanentes. O dinheiro que virá como piso para os agentes comunitários de saúde e agentes de combate às endemias será um dinheiro a menos para corrupção, um dinheiro a menos para o desvio, um dinheiro a mais como forma de valorizar tais servidores da saúde e desaguar numa política de saúde mais eficaz e mais séria, que garanta o direito à vida de milhões e milhões de brasileiros. É UM DINHEIRO A MENOS PARA O ROUBO E PARA O DESVIO.
Por isso prefeitos estão revoltados, não implementando o piso nacional em seus municípios. Resistindo de forma, com todas as desculpas, mentiras e atentados. Dizem que não têm dotação orçamentária, que a despesa não está prevista no orçamento, que a implementação do piso violará a Lei de Responsabilidade Fiscal, enfim, usam o discurso da legalidade para praticar ilegalidade. Eles adotam estratégia imoral em nome da moralidade. Nos municípios onde querem implementar o piso estão querendo incorporar gratificações, incentivos, adicionais e outras vantagens, reduzindo no final o total da remuneração, usando a lei para piorar os direitos dos ACS e ACE.
A mobilização permanente, para resistência permanente, para ações permanentes, para defesa permanente, como forma de garantir os direitos mínimos dos ACS e ACE, efetivando sua dignidade, através do justo piso e da carreira digna, resultando em eficácia da política pública da saúde, que deve ser garantida a toda população brasileira. Assim, a luta dos agentes de saúde, mais que ser uma luta por interesse de servidores, é uma luta em defesa do direito à saúde do povo brasileiro, defesa da efetivação de direitos humanos universais e fundamentais, luta contra a corrupção, o desvio e apropriação de verbas públicas pela cultura patrimonialista. Consiste numa luta pela manutenção do Estado Democrático de Direito fortalecendo a democracia e os objetivos da República contidos no artigo 3º da Constituição Federal. ACS e ACE de todo o Brasil, hora de fortalecer a luta, a unidade e a mobilização! Ou a corrupção e o patrimonialismo vencerão!
Por isso prefeitos estão revoltados, não implementando o piso nacional em seus municípios. Resistindo de forma, com todas as desculpas, mentiras e atentados. Dizem que não têm dotação orçamentária, que a despesa não está prevista no orçamento, que a implementação do piso violará a Lei de Responsabilidade Fiscal, enfim, usam o discurso da legalidade para praticar ilegalidade. Eles adotam estratégia imoral em nome da moralidade. Nos municípios onde querem implementar o piso estão querendo incorporar gratificações, incentivos, adicionais e outras vantagens, reduzindo no final o total da remuneração, usando a lei para piorar os direitos dos ACS e ACE.
A mobilização permanente, para resistência permanente, para ações permanentes, para defesa permanente, como forma de garantir os direitos mínimos dos ACS e ACE, efetivando sua dignidade, através do justo piso e da carreira digna, resultando em eficácia da política pública da saúde, que deve ser garantida a toda população brasileira. Assim, a luta dos agentes de saúde, mais que ser uma luta por interesse de servidores, é uma luta em defesa do direito à saúde do povo brasileiro, defesa da efetivação de direitos humanos universais e fundamentais, luta contra a corrupção, o desvio e apropriação de verbas públicas pela cultura patrimonialista. Consiste numa luta pela manutenção do Estado Democrático de Direito fortalecendo a democracia e os objetivos da República contidos no artigo 3º da Constituição Federal. ACS e ACE de todo o Brasil, hora de fortalecer a luta, a unidade e a mobilização! Ou a corrupção e o patrimonialismo vencerão!
Por Ascom-Sesau | 27 - Atualizada em 27/ às 11:09
Quarto caso de chikungunya é confirmado no Estado. Os pacientes são residentes no bairro Cidade Satélite. (Foto: Ascom/Sesau) |
Quarto caso de chikungunya é confirmado no Estado. Os pacientes são residentes no bairro Cidade Satélite.
Roraima teve o quarto caso da febre Chikungunya confirmado em Roraima. A confirmação ocorreu na última quinta-feira, 25, pelo Instituto Evandro Chagas (IEC), do Pará, que é o laboratório referência na região Norte.
A exemplo dos três primeiros casos, a doença foi importada da Venezuela. Todos os casos registrados até então são de pacientes residentes no bairro Cidade Satélite.
O caso mais recente foi registrado em uma paciente adulta do sexo feminino, mãe de uma criança de dois anos que também foi diagnosticada com a doença.
Os dois pacientes estiveram na Venezuela, e após oito dias do retorno, apresentaram os sintomas e começaram a ser investigados imediatamente até que na última quinta-feira a hipótese diagnóstica foi confirmada.
O primeiro caso suspeito da doença foi notificado no dia 22 de agosto e confirmado posteriormente pelo IEC. Os sintomas foram identificados em uma paciente adulta que havia acabado de retornar do país vizinho.
O segundo caso era sobrinho da primeira paciente, no entanto, os familiares não permitiram a coleta de sangue para análise, e deste modo, a doença foi confirmada por vínculo epidemiológico.
Os dados mais recentes do Ministério da Saúde apontam para 16 casos autóctones (contraídos dentro do próprio país) da febre chikungunya no Brasil e outros 37 casos importados, de pessoas que contraíram a doença em viagens a outros países.
Roraima está na iminência de um surto para chikungunya e dengue. Isso porque para que ocorra a febre são necessários três fatores, todos eles presentes no Estado: a existência do vírus, o mosquito vetor (Aedes aegypti e Aedes albopictus) e uma pessoa suscetível. Estima-se a existência de mais de 488 mil pessoas nunca tiveram contato com a febre chik.
O fator mais preocupante é o índice de infestação, pois, de acordo com o Levantamento de Índice Rápido de Infestação por Aedes aegypti (LIRAa), 44 bairros de Boa Vista apresentam alto risco de infestação pelo mosquito.
Há bairros que ultrapassam índice de infestação de 21% quando o ideal é menos de 1%.
Entre os municípios, oito estão na faixa considerada de alto risco e os demais na faixa de médio risco, sendo apenas um com índice considerado aceitável.
Todos estes fatores agregados foram um cenário favorável a ocorrência de uma epidemia tanto de dengue quanto de chikungunyua, uma vez que as duas doenças são transmitidas pelo mesmo vetor.
NOTA TÉCNICA
Diante do quadro preocupante, a Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) expediu uma nova nota técnica com medidas de prevenção e controle de transmissão da febre chikungunya, baseadas em ações que busquem a redução da população de vetores.
O documento, entregue a todos os municípios, recomenda que as Secretarias Municipais de Saúde se organizem para desenvolver as ações imediatas para redução da infestação.
Um dos gargalos no combate às doenças é que o número de agentes de endemias nos municípios tem sido insuficiente para garantir as ações de visitas domiciliares pelos municípios.
O gerente do Núcleo de Combate à Dengue e Febre Amarela (NCDFA), Joel Lima, pontuou que os municípios deverão acionar a Sesau, através de solicitação formal, quando não puderem realizar as ações de controle vetorial de forma adequada, seja por incapacidade financeira, operacional ou técnica.
"A Sesau vai monitorar a execução das recomendações e, ao constar o não cumprimento, poderá passar a executar parcialmente ou integralmente as ações de competência municipal, podendo se utilizar de mecanismos legais para financiamento destas ações", pontuou.
Paralelamente a isso, a Sesau está articulando com parceiro, a realização de uma ação por toda a cidade de Boa Vista, para a retirada mecânica dos possíveis criadouros do mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue e da febre chikungunya nos primeiros dias de outubro.
A ação vai envolver atores da saúde municipal e estadual e outras instituições, como Corpo de Bombeiros, Polícia Militar e, possivelmente, as Forças Armadas.
A exemplo dos três primeiros casos, a doença foi importada da Venezuela. Todos os casos registrados até então são de pacientes residentes no bairro Cidade Satélite.
O caso mais recente foi registrado em uma paciente adulta do sexo feminino, mãe de uma criança de dois anos que também foi diagnosticada com a doença.
Os dois pacientes estiveram na Venezuela, e após oito dias do retorno, apresentaram os sintomas e começaram a ser investigados imediatamente até que na última quinta-feira a hipótese diagnóstica foi confirmada.
O primeiro caso suspeito da doença foi notificado no dia 22 de agosto e confirmado posteriormente pelo IEC. Os sintomas foram identificados em uma paciente adulta que havia acabado de retornar do país vizinho.
O segundo caso era sobrinho da primeira paciente, no entanto, os familiares não permitiram a coleta de sangue para análise, e deste modo, a doença foi confirmada por vínculo epidemiológico.
Os dados mais recentes do Ministério da Saúde apontam para 16 casos autóctones (contraídos dentro do próprio país) da febre chikungunya no Brasil e outros 37 casos importados, de pessoas que contraíram a doença em viagens a outros países.
Roraima está na iminência de um surto para chikungunya e dengue. Isso porque para que ocorra a febre são necessários três fatores, todos eles presentes no Estado: a existência do vírus, o mosquito vetor (Aedes aegypti e Aedes albopictus) e uma pessoa suscetível. Estima-se a existência de mais de 488 mil pessoas nunca tiveram contato com a febre chik.
O fator mais preocupante é o índice de infestação, pois, de acordo com o Levantamento de Índice Rápido de Infestação por Aedes aegypti (LIRAa), 44 bairros de Boa Vista apresentam alto risco de infestação pelo mosquito.
Há bairros que ultrapassam índice de infestação de 21% quando o ideal é menos de 1%.
Entre os municípios, oito estão na faixa considerada de alto risco e os demais na faixa de médio risco, sendo apenas um com índice considerado aceitável.
Todos estes fatores agregados foram um cenário favorável a ocorrência de uma epidemia tanto de dengue quanto de chikungunyua, uma vez que as duas doenças são transmitidas pelo mesmo vetor.
NOTA TÉCNICA
Diante do quadro preocupante, a Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) expediu uma nova nota técnica com medidas de prevenção e controle de transmissão da febre chikungunya, baseadas em ações que busquem a redução da população de vetores.
O documento, entregue a todos os municípios, recomenda que as Secretarias Municipais de Saúde se organizem para desenvolver as ações imediatas para redução da infestação.
Um dos gargalos no combate às doenças é que o número de agentes de endemias nos municípios tem sido insuficiente para garantir as ações de visitas domiciliares pelos municípios.
O gerente do Núcleo de Combate à Dengue e Febre Amarela (NCDFA), Joel Lima, pontuou que os municípios deverão acionar a Sesau, através de solicitação formal, quando não puderem realizar as ações de controle vetorial de forma adequada, seja por incapacidade financeira, operacional ou técnica.
"A Sesau vai monitorar a execução das recomendações e, ao constar o não cumprimento, poderá passar a executar parcialmente ou integralmente as ações de competência municipal, podendo se utilizar de mecanismos legais para financiamento destas ações", pontuou.
Paralelamente a isso, a Sesau está articulando com parceiro, a realização de uma ação por toda a cidade de Boa Vista, para a retirada mecânica dos possíveis criadouros do mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue e da febre chikungunya nos primeiros dias de outubro.
A ação vai envolver atores da saúde municipal e estadual e outras instituições, como Corpo de Bombeiros, Polícia Militar e, possivelmente, as Forças Armadas.
Por Diário do Nordeste | 27 - Atualizada em 27/ às 11:00
Reprodução/internet |
Foi registrado aumento de 20 casos graves da doença na última semana. Neste ano, são 35 mortes confirmadas
É crescente o número de casos de dengue confirmados no Estado do Ceará. De acordo com o último boletim epidemiológico, divulgado ontem pela Secretaria de Saúde do Estado (Sesa), foram contabilizados 494 casos a mais da doença. A pesquisa mostra que até o dia 19 deste mês foram registrados 13.738 casos da doença, enquanto na semana seguinte, o número já apresentava 14.232 pessoas vítimas da dengue.
Em relação ao número confirmado de casos graves da doença, o boletim anterior mostrava 227. Nesta semana, o número de vítimas do Aedes aegypti subiu para 247. Desses últimos números, 203 casos foram de Dengue com Sinais de Alarme (DCSA) e 44 casos de Dengue Grave (DG).
Uma comparação entre os dois últimos boletins divulgados pela secretaria mostra que o aumento foi de 20 casos graves da doença. Somente neste ano, foram contabilizados 35 óbitos. Analisando o último boletim lançado pela Sesa, é possível calcular um aumento de 43% dos casos graves confirmados, comparados a igual período passado. Entretanto, houve redução de 45,3% nos óbitos em comparação a igual período de 2013.
Ainda assim, o infectologista Anastácio Queiroz lamenta o alto índice de mortes pela doença. "É muito óbito para uma doença tão previsível e prevenível. É evidente que só há mosquito, onde há o acúmulo de água. Seria necessário que todos trabalhassem em conjunto para evitar que isso acontecesse. Na realidade, as pessoas sabem como a doença é transmitida, mas esse fatos não as fazem prevenir".
Municípios
A doença foi registrada em 145 municípios, ou seja, 79% de todo o Estado apresentou ocorrências. Entre eles, destacam-se: Aracati, Araripe, Alto Santo, Arneiroz, Brejo Santo, Campo Sales, Eusébio, General Sampaio, Hidrolândia, Icó, Jaguaribara, Jaguaribe, Jijoca de Jericoacoara, Limoeiro do Norte, Nova Olinda, Piquet Carneiro, Pentecoste, Pereiro, Parambu, Porteiras, Quixeré, Santana do Cariri, Tabuleiro do Norte, Tauá, Umari, Ocara, com incidência acima de 300 por 100.000 habitantes. A faixa etária mais atingida pela dengue é de 20 a 29 anos.
"A nossa relação com a água ainda é muito complicada. Objetos simples que podiam ser eliminados, como casca de ovos, sapatos velhos, latas, ainda estão nos nossos quintais. Nós ainda temos o criadouro do mosquito da dengue", comenta o infectologista Anastácio Queiroz, explicando que as pessoas precisam manter uma rotina de limpeza, mudando os hábitos.
"São 28 anos convivendo com esse transmissor. Porém, os costumes não mudaram. Eu posso fazer tudo correto, mas o meu vizinho não. É uma cadeia que depende de todos, uma ação coletiva que precisa da ajuda do Governo e, principalmente, da população", afirma.
É considerada sob suspeita de dengue a pessoa que apresente febre, usualmente entre 2 e 7 dias, além de duas ou mais das seguintes manifestações: exantema, cefaleia, dor nos olhos, mialgia, artralgia, náuseas, vômitos ou leucopenia. Em casos mais graves, os sintomas podem ser choque, devido ao extravasamento grave de plasma, evidenciado por taquicardia; extremidades frias e tempo de enchimento capilar igual ou maior a três segundos; sangramento grave e comprometimento de outros órgãos do corpo.
Por Agência Folhapress | 24 - Atualizada em 24/ às 15:26
Reprodução/internet |
Aumentou para 16 o número de casos no Brasil, este ano, de pessoas acometidas pelo vírus apelidado de “primo da dengue”, causador da febre chikungunya. A enfermidade também é transmitida pelos mosquitos Aedes aegypti e Aedes albopictus.
Os dois primeiros episódios de transmissão autóctone, dentro do País, do micro-organismo foram confirmados, há uma semana, pelo Ministério da Saúde, em Brasília. Ambos foram registrados no Amapá. De lá para cá, outras 14 ocorrências foram constatadas em Feira de Santana (BA).
Outros notificações da patologia ainda estão sob apuração. Existem ainda 37 casos “importados” este ano, em que as pessoas foram infectadas em outro país. “Equipes do Ministério da Saúde já se encontram nos dois estados e estão trabalhando em conjunto com as secretarias estaduais de Saúde do Amapá e da Bahia. Além de intensificar ações de prevenção e vigilância da doença, as equipes dão orientação para a busca ativa de casos suspeitos e a implementação de ações para reduzir, com maior rapidez, a população dos mosquitos transmissores”, declarou a nota do ministério.
A febre chikungunya é transmitida pelos mesmos mosquitos que funcionam como vetores da dengue. Seus sintomas também se assemelham à dengue, mas a chikungunya tende provocar casos menos graves que a “prima”. Na semana passada, o ministério afirmou que o período de maior transmissão dessa doença também coincide com o pico da dengue: de janeiro a maio. E que o cuidado para evitar a multiplicação da enfermidade é o mesmo: o combate ao vetor.
O receio do Governo é que profissionais de saúde confundam casos de dengue com os de chikungunya e, assim, deem menos atenção à dengue, que pode provocar casos mais graves. Antes de 2014, o Brasil só havia registrado três casos “importados” de chikungunya; todos em 2010.
Verões com chuva
Assim como a dengue, a transmissão dessa febre se concentra nos verões com chuva, ou seja, entre janeiro e maio no Brasil.
E a prevenção é a mesma, com eliminação de focos de água parada, em que pode haver reprodução dos mosquitos. Como diferença, o chikkungunya tem apenas um tipo, enquanto a dengue apresenta quatro. Desde dezembro de 2013, as três Américas registraram 650 mil episódios suspeitos dessa febre, com cerca de nove mil casos de pessoas confirmados em laboratório.
Por Cesar Baima e Antonella Zugliani / O Globo | 24às 10:00 - Atualizada em 24/ às 22:15
Diagrama mostra como a bactéria se espalha entre os mosquitos transmissores da dengue |
10 mil mosquitos serão liberados toda semana em bairro do Rio de Janeiro.
Nesta primeira fase de testes, cerca de 10 mil mosquitos Aedes aegypti com Wolbachia serão liberados semanalmente pelos pesquisadores no bairro de Tubiacanga, na Ilha do Governador, Zona Norte do Rio. O número de mosquitos é similar aos protocolos dos experimentos feitos na Austrália, onde os testes já foram concluídos em várias localidades. As liberações acontecerão durante três a quatro meses, de acordo com a avaliação dos cientistas sobre a capacidade dos mosquitos com a bactéria natural de se estabelecerem no meio ambiente e se reproduzirem com os mosquitos que já existem no local, principais objetivos desta etapa inicial.
- Estamos diante de uma estratégia científica inovadora e segura, que poderá contribuir para o controle da dengue e para a melhoria da saúde da população – avalia Luciano Moreira, pesquisador da Fiocruz e líder do projeto no Brasil, que lembra que, uma vez no ambiente, os insetos contaminados com a bactéria a transmitem naturalmente para as gerações seguintes de mosquitos, tendo efeito parcial sobre a transmissão de chikungunya e febre amarela. - Assim, o método se torna autossustentável: os mosquitos com Wolbachia predominam sem que precisemos soltar constantemente mais mosquitos com a bactéria.
Cerca de 60% dos insetos no mundo, como o famoso pernilongo, têm presentes a Wolbachia, não existindo evidências de qualquer risco da bactéria para a saúde humana ou para o ambiente, garantem os pesquisadores. Ela pode ser transmitida apenas de mãe para filho, no processo de reprodução dos mosquitos, e não durante a picada do Aedes em um ser humano, por exemplo.
Moreira cita como outro exemplo da segurança do método o fato de que membros da equipe do programa na Austrália se voluntariaram para alimentar uma colônia de mosquitos com Wolbachia usando seus próprios braços.
- Eles foram picados centenas de milhares de vezes sem qualquer reação - diz.
MÉTODO ESTARÁ NO MERCADO ESTE ANO
A autossustentabilidade do método com a Wolbachia é apontada como uma das suas principais vantagens frente a outras alternativas que também usam o próprio mosquito transmissor da dengue para combater a doença. Entre estas opções está uma desenvolvida pela empresa britânica Oxitec e testada com sucesso em dois municípios baianos, no qual insetos machos geneticamente modificados para terem uma disfunção metabólica são soltos no ambiente. Ao cruzarem com fêmeas selvagens, os mosquitos transgênicos transmitem o defeito para a prole, que morre ainda na fase de larva, reduzindo assim a população de Aedes aegypti na área.
O método da Oxitec já recebeu o aval da Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio) em abril passado e deverá estar disponível comercialmente até o fim deste ano. Para funcionar, no entanto, ele exige a constante liberação de novos insetos modificados no ambiente, o que não seria necessário no caso dos mosquitos com a Wolbachia. Mas o experimento com mosquitos contaminados realizado em uma ilha no Vietnã verificou que com o tempo sua proporção no ambiente começa a cair, o que também demandaria uma periódica liberação de mais insetos com a bactéria para que ela se mantenha em níveis considerados eficazes para prevenção da dengue, de cerca de 80%.
Segundo a Fiocruz, para diminuir o incômodo da população de Tubiacanga com a liberação dos mosquitos em seu bairro, os pesquisadores, em conjunto com a Secretaria Municipal de Saúde do Rio de Janeiro, realizaram uma etapa chamada de supressão dos criadouros. O objetivo foi reduzir a quantidade de Aedes aegypti na região por meio da eliminação de criadouros confirmados do inseto e, assim, fazer com que o número total de mosquitos na área não sofra alteração.
- Buscamos com esta medida diminuir o desconforto para os moradores de Tubiacanga, que sempre apoiaram esta iniciativa científica – conta Moreira. - Ao nos aproximarmos do início dos estudos em campo, as ações de relacionamento com os moradores de Tubiacanga foram intensificadas para que fossem devidamente informados de todas as atividades. Somos extremamente gratos a essas pessoas que recebem toda semana nossas equipes em suas casas, contribuindo para um projeto que busca o benefício coletivo.
Além de Tubiacanga, o projeto vai se alastrar para Urca e Vila Valqueire, no Rio, e para Jurujuba, em Niterói. Dentre os fatores de escolha para os locais, está a ocorrência de mosquito o ano todo.
- A gente queria regiões que registrassem casos de dengue. Além disso, pensamos em uma diversidade socioeconômica e ambiental de locais onde o mosquito tivesse capacidade de se estabelecer. Todos esses locais são diferentes entre si - explica o responsável pela pesquisa.
Por Agência Saúde | Atualizada em 20/ às 12:00
Mosquito Aedes aegypti, um dos transmissores do Chikungunya Crédito: Mrfiza |
CARACTERÍSTICAS
O que é Chikungunya?
É uma doença infecciosa febril, causada pelo vírus Chikungunya (CHIKV), que pode ser transmitida pelos mosquitos Aedes aegypti e Aedes albopictus.
O que significa o nome?
Significa “aqueles que se dobram” em swahili, um dos idiomas da Tanzânia. Refere-se à aparência curvada dos pacientes que foram atendidos na primeira epidemia documentada, na Tanzânia, localizada no leste da África, entre 1952 e 1953.
Qual a área de circulação do vírus?
O vírus circula em alguns países da África e da Ásia. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), desde o ano de 2004 o vírus já foi identificado em 19 países. Naquele ano, um surto na costa do Quênia propagou o vírus para Comores, Ilhas Reunião e outras ilhas do oceano Índico, chegando, em 2006, à Índia, Sri Lanka, Ilhas Maldivas, Cingapura, Malásia e Indonésia. Nesse período, foram registrados aproximadamente 1,9 milhão de casos – a maioria na Índia. Em 2007, o vírus foi identificado na Itália. Em 2010, há relato de casos na Índia, Indonésia, Mianmar, Tailândia, Ilhas Maldivas, Ilhas Reunião e Taiwan – todos com transmissão sustentada. França e Estados Unidos também registraram casos em 2010, mas sem transmissão autóctone (quando a pessoa se infecta no local onde vive). Recentemente o vírus foi identificado nas Américas.
Qual é a situação do Chikungunya nas Américas?
No final de 2013, foi registrada transmissão autóctone em vários países do Caribe (Anguila, Aruba, Dominica, Guadalupe, Guiana Francesa, Ilhas Virgens Britânicas, Martinica, República Dominicana, São Bartolomeu, São Cristóvão e Nevis, Santa Lúcia e São Martinho) e em março de 2014, na República Dominicana. Toda a população do continente é considerada como vulnerável, por dois motivos: como nunca circulou antes em nossa região, ninguém tem imunidade ao vírus e ambos os mosquitos capazes de transmitir a doença estão presentes em praticamente todas as áreas das Américas.
SINAIS E SINTOMAS
Quais os principais sinais e sintomas?
Febre acima de 39 graus, de início repentino, e dores intensas nas articulações de pés e mãos – dedos, tornozelos e pulsos. Pode ocorrer, também, dor de cabeça, dores nos músculos e manchas vermelhas na pele. Cerca de 30% dos casos não chegam a desenvolver sintomas.
Como se identifica um caso suspeito?
O Ministério da Saúde definiu que devem ser consideradas como casos suspeitos todas as pessoas que apresentarem febre de início súbito maior de 38,5ºC e artralgia (dor articular) ou artrite intensa com início agudo e que tenham histórico recente de viagem às áreas nas quais o vírus circula de forma contínua.
Após a picada do mosquito, em quantos dias ocorre o início dos sintomas?
De dois a dez dias, podendo chegar a 12 dias. Esse é o chamado período de incubação.
Se a pessoa for picada neste período, infectará o mosquito?
Isso pode ocorrer um dia antes do aparecimento da febre até o quinto dia de doença, quando a pessoa ainda tem o vírus na corrente sanguínea. Este período é chamado de viremia.
Dor nas articulações também não ocorre nos casos de dengue?
Sim, mas a intensidade é menor. Em se tratando de Chikungunya, é importante reforçar que a dor articular, presente em 70% a 100% dos casos, é intensa e afeta principalmente pés e mãos (geralmente tornozelos e pulsos).
Existem grupos de maior risco?
O vírus pode afetar pessoas de qualquer idade ou sexo, mas os sinais e sintomas tendem a ser mais intensos em crianças e idosos. Além disso, pessoas com doenças crônicas têm mais chance de desenvolver formas graves da doença.
As pessoas podem ter Chikungunya e dengue ao mesmo tempo?
Sim.
TRANSMISSÃO
Como o vírus é transmitido?
O vírus é transmitido pela picada da fêmea de mosquitos infectados. São eles o Aedes aegypti, de presença essencialmente urbana, em áreas tropicais e, no Brasil, associado à transmissão da dengue; e o Aedes albopictus, presente majoritariamente em áreas rurais, também existente no Brasil e que pode ser encontrado em áreas urbanas e peri-urbanas em menor densidade. O mosquito adquire o vírus CHIKV ao picar uma pessoa infectada, durante o período de viremia.
Qual a diferença entre a distribuição dos mosquitos Aedes aegypti e Aedes albopictus?
O Aedes aegypti tem presença essencialmente urbana e a fêmea alimenta‐se preferencialmente de sangue humano. O mosquito adulto encontra‐se dentro das residências e os habitats das larvas estão mais frequentemente em depósitos artificiais (pratos de vasos de plantas, lixo acumulado, pneus, recipientes abandonados etc.). O Aedes albopictus está presente majoritariamente em áreas rurais, peri-urbanas e alimenta‐se principalmente de sangue de outros animais, embora também possa se alimentar de sangue humano. Suas larvas são encontradas mais frequentemente em habitats naturais, como internódios de bambu, buracos em árvores e cascas de frutas. Recipientes artificiais abandonados nas florestas e em plantações também podem servir de criadouros.
Se um pessoa for picada por um mosquito infectado necessariamente ficará doente?
Não. Em média, 30% das pessoas infectadas são assintomáticas, ou seja, não apresentam os sinais e sintomas clássicos da doença.
Quem se infecta com o vírus fica imune?
Sim. Quem apresentar a infecção fica imune o resto da vida.
Uma pessoa doente pode infectar outra saudável?
Não existe transmissão entre pessoas. A única forma de infecção é pela picada dos mosquitos.
A mãe grávida transmite o vírus para o bebê?
Não há evidências de que o vírus seja transmitido da mãe para o feto durante a gravidez. Porém, a infecção pode ocorrer durante o parto. Também não há evidências de transmissão pelo leite materno.
É possível a transmissão por transfusão sanguínea?
Com os cuidados da segurança do sangue que a rede de hemocentros no Brasil já adota para evitar transmissão de doenças por transfusão, não se considera essa via uma forma de transmissão com importância para a saúde pública.
NOTIFICAÇÃO DE CASOS
NOTIFICAÇÃO DE CASOS
Já existem casos no Brasil?
Em 2014, no Brasil, entre os meses de julho e agosto, foram confirmados 37 casos de Chikungunya importados, de pacientes originários, principalmente, do Haiti e República Dominicana. Em setembro, foram confirmados dois casos autóctones no município do Oiapoque, Amapá. Ambos os casos são de residentes no município, sendo filha e pai, com início dos sintomas em 26 e 27 de agosto, respectivamente.
Diante da confirmação dos casos, o município de Oiapoque, com apoio do Ministério da Saúde e da Secretaria de Estado da Saúde do Amapá, intensificou as medidas de controle da doença. Dentre as ações, estão a busca ativa de novos casos suspeitos com alerta nas unidades de saúde e comunidade, a remoção e tratamento químico de criadouros de mosquitos Aedes aegypti, além da aplicação de inseticida (fumacê) para reduzir a densidade dos vetores. Os profissionais de saúde já receberam orientações para o manejo adequado dos pacientes.
Diante da confirmação dos casos, o município de Oiapoque, com apoio do Ministério da Saúde e da Secretaria de Estado da Saúde do Amapá, intensificou as medidas de controle da doença. Dentre as ações, estão a busca ativa de novos casos suspeitos com alerta nas unidades de saúde e comunidade, a remoção e tratamento químico de criadouros de mosquitos Aedes aegypti, além da aplicação de inseticida (fumacê) para reduzir a densidade dos vetores. Os profissionais de saúde já receberam orientações para o manejo adequado dos pacientes.
Que medidas podem ser adotadas para evitar a disseminação do vírus?
O mais importante é evitar os criadouros dos mosquitos que podem transmitir a doença. Isso previne tanto a ocorrência de surtos de dengue como de Chikungunya. Quando há notificação de caso suspeito, as Secretarias Municipais de Saúde devem adotar ações de eliminação de focos do mosquito nas áreas próximas à residência, ao local de atendimento dos pacientes e nos aeroportos internacionais da cidade em que aqueles residam.
A notificação de casos é obrigatória?
No Brasil, sim. Os casos suspeitos de Chikungunya devem ser comunicados e/ou notificados em até 24 horas a partir da suspeita inicial. Qualquer estabelecimento de saúde, público ou privado, deve informar a ocorrência de casos suspeitos às Secretarias Municipais e Estaduais de Saúde e ao Ministério da Saúde.
DIAGNÓSTICO
DIAGNÓSTICO
Como saber se de fato uma pessoa tem Chikungunya?
O vírus só pode ser detectado em exames de laboratório. São três os tipos de testes capazes de detectar o Chikungunya: sorologia, PCR em tempo real (RT‐PCR) e isolamento viral. Todas essas técnicas já são utilizadas no Brasil para o diagnóstico de outras doenças e estão disponíveis nos laboratórios de referência da rede pública.
Quantos laboratórios capacitados existem no Brasil? Existe algum de referência?
Atualmente, o laboratório de referência para realizar o diagnóstico laboratorial do Chikungunya é o Instituto Evandro Chagas, do Ministério da Saúde, localizado no Pará. Outros laboratórios de saúde pública estão em fase de treinamento para adotar o exame de detecção do vírus CHIKV.
• Fluxo das amostras para laboratório de referência de acordo com a região do país:
Região Norte – Instituto Evandro Chagas (IEC);
Região Nordeste – Lacen/CE e Lacen/PE;
Região Sudeste – Instituto Adolfo Lutz-SP, Fundação Nacional Ezequiel Dias-MG (Funed) e Fundação Oswaldo Cruz-RJ (Fiocruz);
Região Sul – Lacen/PR;
Região Centro-Oeste – Lacen/DF.
TRATAMENTO E PREVENÇÃO
Região Norte – Instituto Evandro Chagas (IEC);
Região Nordeste – Lacen/CE e Lacen/PE;
Região Sudeste – Instituto Adolfo Lutz-SP, Fundação Nacional Ezequiel Dias-MG (Funed) e Fundação Oswaldo Cruz-RJ (Fiocruz);
Região Sul – Lacen/PR;
Região Centro-Oeste – Lacen/DF.
TRATAMENTO E PREVENÇÃO
Como é feito o tratamento?
Até o momento não existe um tratamento específico para Chikungunya, como no caso da dengue. Os sintomas são tratados com medicação para a febre (paracetamol) e as dores articulares (antiinflamatórios). Não é recomendado usar o ácido acetil salicílico (AAS) devido ao risco de hemorragia. Recomenda‐se repouso absoluto ao paciente, que deve beber líquidos em abundância.
É necessário isolar o paciente?
Não é necessário, o paciente deve ficar em repouso.
O que as pessoas podem fazer para se prevenir?
Como a doença é transmitida por mosquitos, é fundamental que as pessoas reforcem as medidas de eliminação dos criadouros de mosquitos nas suas casas e na vizinhança. As medidas que as pessoas devem tomar são exatamente as mesmas recomendadas para a prevenção da dengue.
Existe vacina?
Não.
VIGILÂNCIA DE CASOS IMPORTADOS
VIGILÂNCIA DE CASOS IMPORTADOS
Há casos em que é necessário internar a pessoa?
Sim, mas apenas nos casos que apresentarem maior gravidade.
Em quanto tempo o paciente se recupera?
Em geral, em dez dias após o início dos sintomas. No entanto, em alguns casos as dores nas articulações podem persistir por meses. Nesses casos, o paciente deve voltar à unidade de saúde para avaliação médica.
A doença pode matar?
As mortes são raras. Dados da epidemia ocorrida em 2004, nas Ilhas Reunião, indicaram taxa de letalidade de 0,1% (256 mortes em um total de 266 mil casos). Entretanto, na Índia, em 2006, houve 1,3 milhão de casos e nenhuma morte registrada.
ORIENTAÇÕES EM CASO DE SUSPEITA
ORIENTAÇÕES EM CASO DE SUSPEITA
Será adotada alguma medida em fronteiras e aeroportos?
Para doenças como Chikungunya não existem medidas efetivas em fronteiras ou aeroportos, pois a pessoa pode viajar durante o período de incubação ou ser um caso assintomático. Além disso, os sintomas de Chikungunya são semelhantes aos de outras doenças. Assim, a melhor prevenção e cada pessoa buscar eliminar os criadouros de mosquitos na sua casa e vizinhança.
O que a pessoa deve fazer se suspeitar que tem Chikungunya?
Procurar a unidade de saúde mais próxima, imediatamente. E, fundamental: NÃO TOMAR REMÉDIO POR CONTA PRÓPRIA. A automedicação pode mascarar sintomas, dificultar o diagnóstico e agravar o quadro do paciente. Somente um médico pode receitar medicamentos.
O que as pessoas podem fazer para evitar a doença?
Como a doença Chikungunya é transmitida por mosquitos, é fundamental que as pessoas reforcem as medidas de eliminação dos criadouros das espécies. Elas são exatamente as mesmas para o controle da dengue, basicamente, não deixar acumular água em recipientes. Entre outras medidas, são muito efetivas: verificar se a caixa d´água está bem fechada; não acumular vasilhames no quintal; verificar se as calhas não estão entupidas; e colocar areia nos pratos dos vasos de planta. Os procedimentos de controle são semelhantes para ambos os mosquitos.
Por Aline Leal /Agência Brasil - Edição: Fábio Massalli | 16 - Atualizada em 17/ às 22:14
Ministério da Saúde confirmou nesta terça-feira diagnóstico em dois pacientes do Amapá que não fizeram viagens recentes ao exterior
Foram confirmados na última sexta-feira os dois primeiros casos de transmissão de chikungunya dentro do Brasil. Um homem de 53 anos e a filha, de 31 anos, que moram em Oiapoque, no Amapá, perceberam os sintomas da doença nos dias 27 e 28 de agosto e passam bem.A confirmação dos dois casos, primeiros contraídos no Brasil, foi divulgada hoje (16) pelo Ministério da Saúde. Antes disso, 37 pessoas tiveram a confirmação da febre chikungunya no Brasil, mas todos tinham contraídos a doença em outros países.
Assim como a dengue, a febre chikungunya é transmitida pelos mosquitos Aedes aegypti e Aedes albopictos, mas só tem um sorotipo, ou seja, cada pessoa só pega a doença uma vez. Os sintomas também são os mesmos da dengue: dor de cabeça, febre, dores musculares e nas articulações e podem durar de três a dez dias.
Segundo o secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Jarbas Barbosa, a doença é menos grave que a dengue e o paciente costuma ser tratado em casa. O tratamento consiste no alívio dos sintomas com Paracetamol, hidratação e repouso.
Desde dezembro de 2013 surgiram mais de 650 mil casos suspeitos de chikungunya nas três Américas, dos quais pouco mais de 9 mil foram confirmados. Antes disso, a doença era comum apenas na África e na Ásia.
Segundo o Ministério da Saúde, o município do Oiapoque intensificou as medidas de controle da doença buscando novos casos suspeitos com alerta nas unidades de saúde e na comunidade, com a aplicação de inseticida.
Este ano o Levantamento Rápido de Infestação do Aedes Aegypti (Liraa), feito anualmente para identificar as áreas de risco para a dengue, além de identificar áreas com o Aedes aegypti vai buscar também áreas com Aedes albopictus, maior transmissor da chikungunya.
Barbosa disse que a nova doença também será citada na próxima campanha contra a dengue, já que o modo de prevenir as duas é o mesmo. “O período de transmissão maior no Brasil vai sempre de janeiro a maio, mas é importante que desde já as pessoas verifiquem suas caixas d'água, [onde é comum] depósitos do mosquito, para evitar as duas doenças”, aconselhou Barbosa.
Por DC Mais | 04 - Atualizada em 05/ às 14:25
Reprodução/internet |
Depois de 20 anos em desenvolvimento, a vacina contra a dengue em estágio mais avançado no mundo chegou à etapa final mostrando eficácia de 60,8% contra os quatro sorotipos da doença. Outro resultado é que entre as pessoas que foram vacinadas e, mesmo assim, tiveram dengue, houve redução de 80,3% no número de internações com relação a quem não foi imunizado.
Segundo Sheila Homsani, gerente do Departamento Médico da Sanofi Pasteur, laboratório responsável pela vacina, o estudo está concluído e agora os dados serão consolidados para o pedido de registro à Agência Nacional de Vigilância Sanitária, para que possa ser comercializada no Brasil e, eventualmente, ser incorporada à rede pública. A expectativa é que demore cerca de um ano para o registro sair.
Em etapa anterior, feita na Ásia, a pesquisa havia mostrado eficácia de 88% contra o tipo hemorrágico da doença, considerado o mais grave. Agora, na última etapa, a vacina foi testada no Brasil, em Honduras, no México, na Colômbia e em Porto Rico. No Brasil 3.550 crianças e adolescentes entre 9 e 16 anos das regiões Nordeste, Centro-Oeste e Sudeste foram vacinados.
A imunização e o acompanhamento foram feitos de junho de 2011 a abril de 2013. O laboratório, no entanto, vai acompanhar por mais cinco anos os imunizados.
Segundo Sheila Homsani, os resultados estão acima das expectativas da Organização Mundial da Saúde, que pretende reduzir em 50% a mortalidade por dengue até 2020.
A dengue é considerada questão de saúde pública brasileira e é doença endêmica de cerca de cem países. De 1º de janeiro a 19 de julho deste ano, o Ministério da Saúde notificou 688.287 casos da doença e 554 mortes. (ABr)
Segundo Sheila Homsani, gerente do Departamento Médico da Sanofi Pasteur, laboratório responsável pela vacina, o estudo está concluído e agora os dados serão consolidados para o pedido de registro à Agência Nacional de Vigilância Sanitária, para que possa ser comercializada no Brasil e, eventualmente, ser incorporada à rede pública. A expectativa é que demore cerca de um ano para o registro sair.
Em etapa anterior, feita na Ásia, a pesquisa havia mostrado eficácia de 88% contra o tipo hemorrágico da doença, considerado o mais grave. Agora, na última etapa, a vacina foi testada no Brasil, em Honduras, no México, na Colômbia e em Porto Rico. No Brasil 3.550 crianças e adolescentes entre 9 e 16 anos das regiões Nordeste, Centro-Oeste e Sudeste foram vacinados.
A imunização e o acompanhamento foram feitos de junho de 2011 a abril de 2013. O laboratório, no entanto, vai acompanhar por mais cinco anos os imunizados.
Segundo Sheila Homsani, os resultados estão acima das expectativas da Organização Mundial da Saúde, que pretende reduzir em 50% a mortalidade por dengue até 2020.
A dengue é considerada questão de saúde pública brasileira e é doença endêmica de cerca de cem países. De 1º de janeiro a 19 de julho deste ano, o Ministério da Saúde notificou 688.287 casos da doença e 554 mortes. (ABr)
Por Francis Juliano/Bahia Notícias | 05 - Atualizada em 05/ às 14:16
Barra da Estiva, com pouco mais de 22 mil habitantes, é a 5º cidade em registros |
O estado da Bahia registrou até a 36ª semana deste ano 18.848 casos suspeitos de dengue. O número é a mais nova atualização do Boletim Epidemiológico Dinâmico da Dengue, um aplicativo que serve para a contabilidade automática de informações referentes à doença transmitida pela fêmea do mosquito Aedes aegypti. Do total das quase 19 mil notificações, 5.387 casos foram confirmados como dengue e 30 foram registrados com a forma mais grave da doneça, a hemorrágica. Outros 6.547 registros foram descartados e 11.224 notificações continuam sem classificação. O número total deste ano corresponde a uma queda de 77% em relação ao mesmo período em 2013, quando o estado apontou 81.945 casos de dengue. Os dez municípios, entre os 417 do estado, com maior número de notificações são Salvador com 6.110; seguido de Feira de Santana, centro norte, com 1.143; Itabuna, no sul, tem 1.092; Juazeiro, vale São-Franciscano, conta 641; Barra da Estiva, sudoeste, 493; Ilhéus, sul, 489; Teixeira de Freitas, extremo-sul, 354; Casa Nova, vale São-Franciscano, 282; Jequié, sudoeste, 279; e Serrinha, nordeste, com 228 notificações. Entre as fontes para a coleta de informações sobre a dengue figura o Sistema de Informaçao de Agravos de Notificações (Sinan), gerenciado pelo Ministério da Saúde, e que permite que profissionais e população tenham acesso on-line às informações atualizadas. O Boletim Epidemiológico, no entanto, afirma que a lista das cidades mais infectadas pode mudar por conta de municípios não terem atualizado as informações sobre a doença em seus limites.
Por Brasil Notícia - Fonte: Prefeitura de Cuiabá 05/08/2014 - Atualizada em 05/ às 14:08
Foto: www.cuiaba.mt.gov.br
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O número de notificações de casos de Dengue em Cuiabá teve uma redução drástica em 2014 se comparado com os dados do ano anterior. De janeiro a agosto de 2013 foram notificados 3.140 casos, sendo confirmados 2.686. Já este ano, no mesmo período, foram registradas 1.126 notificações com 647 confirmações, numa redução de 64% dos casos.
Os dados são do Centro de Informações Estratégicas de Vigilância em Saúde (CIEVS) da Secretaria Municipal de Saúde.
Apesar da redução do número de notificações, o secretário de Saúde de Cuiabá, Werley Peres, alertou para a importância da população continuar mantendo os cuidados para evitar o procriação do mosquito.
"Principalmente agora que já começaram as chuvas novamente. A população tem que continuar atenta à limpeza dos quintais, dos vasos de plantas e das caixas d'água. Também precisamos que os moradores continuem colaborando deixando que o agente de endemias entre em sua casa, em seu quintal, para que ele realize o trabalho que é necessário, verificando os reservatórios de água, principalmente os de solo", completou.
Peres também ressaltou a importância da população procurar as unidades de saúde, tanto pública quanto particular, quando tiverem suspeita de estarem com Dengue. "Muitas pessoas não procuram a unidade de saúde e preferem se tratar em casa, mas é importante que eles buscam auxílio médico, tanto para não correr o risco de agravamento da doença quanto para que possamos notificar todos os casos", afirmou.
Os bairros com maior número de notificações são Pedra 90, Santa Isabel, Tijucal, Parque Atalaia, Dom Aquino, Parque Cuiabá, Jardim Vitória, Jardim Industriário, Doutor Fábio, Alvorada e Cidade Verde. Para combater a proliferação do mosquito Aedes Aegypti, transmissor da dengue quando infectado, a Coordenadoria de Controle de Zoonoses realiza visitas de casa em casa por meio dos agentes de endemias, faz o cadastramento de terrenos e casas abandonadas, e também de praças, e visita de 15 em 15 dias pontos considerados estratégicos para a procriação do mosquito, como ferro-velhos, borracharias, depósitos.
Em caso de confirmação de casos, é realizado o bloqueio nas proximidades da residência do cidadão contaminado. Em casos graves, de terrenos baldios e casas abandonadas, a CCZ pode acionar o Juizado Volante Ambiental (Juvam) e também o Ministério Público Estadual.
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