dezembro 2014
Por Agência Brasil | 05/12/2014 às 18:57 - Atualizada em 07/12/2014 às 22:07
O Ministério da Saúde e a Vigilância Epidemiológica do Piauí estão concluindo a investigação do que pode ser o primeiro caso de febre do Nilo no Brasil. Exames iniciais, feitos em outubro, indicaram que um agricultor de 52 anos, do município de Aroeiras do Itaim, no Piauí, tem o vírus, e os órgãos de Saúde estão recolhendo material de animais, na região, para avaliar a situação.
De acordo com o neurologista Marcelo Adriano Vieira, do Instituto de Doenças Tropicais Natan Portela, de Teresina, o caso ainda é considerado provável, pois protocolos internacionais indicam que devem ser feitos dois exames. Por isso, aguardam o resultado do segundo exame, feito pelo Instituto Evandro Chagas, no Pará, que será divulgado na próxima segunda-feira (8), pelo Ministério da Saúde.
Segundo Vieira, provavelmente um mosquito foi infectado ao picar algum pássaro silvestre vindo de regiões endêmicas da África ou Ásia Ocidental. As aves migratórias, que de tempos em tempos, trocam o frio do Hemisfério Norte pelo calor do Hemisfério Sul, são o principal reservatório do vírus identificado em Uganda, em 1937, que causa febre, dor de cabeça e, eventualmente, até problemas neurológicos.
Vieira explica que só as aves transmitem a doença para o mosquito, e este retransmite para pessoas, animais e outras aves. “Se o mosquito picar outras aves, o ciclo se perpetua; se picar uma pessoa ou um equino, por exemplo, a doença para ali, porque são hospedeiros definitivos”, disse ele, lembrando que o vírus já foi identificado em dois frangos.
De acordo com o neurologista, em 75% dos casos de contaminação humana pelo vírus da febre do Nilo, o organismo o elimina e a pessoa não sente nenhum sintoma. Em 24% dos casos, os sintomas são semelhantes aos da dengue (febre, dor de cabeça e no corpo). Só em 1% dos casos há comprometimento neurológico, com perda de movimentos, mas esse sintoma pode ser revertido.
Em agosto, o agricultor piauiense sentiu dormência, dor de cabeça, náuseas e, em seguida, teve a sensação de perda de forças, até culminar com a paralisação de todos os movimentos do corpo - só mexia a cabeça. Ele já recuperou o movimento dos braços e das pernas, mas ainda não tem forças para ficar em pé. Segundo Vieira, o paciente já está em casa e tem chances de voltar a andar.
Vítima não identificada tem 52 anos e estava internada há 20 dias na capital.
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De acordo com o neurologista Marcelo Adriano Vieira, do Instituto de Doenças Tropicais Natan Portela, de Teresina, o caso ainda é considerado provável, pois protocolos internacionais indicam que devem ser feitos dois exames. Por isso, aguardam o resultado do segundo exame, feito pelo Instituto Evandro Chagas, no Pará, que será divulgado na próxima segunda-feira (8), pelo Ministério da Saúde.
Segundo Vieira, provavelmente um mosquito foi infectado ao picar algum pássaro silvestre vindo de regiões endêmicas da África ou Ásia Ocidental. As aves migratórias, que de tempos em tempos, trocam o frio do Hemisfério Norte pelo calor do Hemisfério Sul, são o principal reservatório do vírus identificado em Uganda, em 1937, que causa febre, dor de cabeça e, eventualmente, até problemas neurológicos.
Vieira explica que só as aves transmitem a doença para o mosquito, e este retransmite para pessoas, animais e outras aves. “Se o mosquito picar outras aves, o ciclo se perpetua; se picar uma pessoa ou um equino, por exemplo, a doença para ali, porque são hospedeiros definitivos”, disse ele, lembrando que o vírus já foi identificado em dois frangos.
De acordo com o neurologista, em 75% dos casos de contaminação humana pelo vírus da febre do Nilo, o organismo o elimina e a pessoa não sente nenhum sintoma. Em 24% dos casos, os sintomas são semelhantes aos da dengue (febre, dor de cabeça e no corpo). Só em 1% dos casos há comprometimento neurológico, com perda de movimentos, mas esse sintoma pode ser revertido.
Em agosto, o agricultor piauiense sentiu dormência, dor de cabeça, náuseas e, em seguida, teve a sensação de perda de forças, até culminar com a paralisação de todos os movimentos do corpo - só mexia a cabeça. Ele já recuperou o movimento dos braços e das pernas, mas ainda não tem forças para ficar em pé. Segundo Vieira, o paciente já está em casa e tem chances de voltar a andar.
Por Agência Brasil | 06/12/2014 às 14:54 - Atualizada em 07/12/2014 às 21:47
Na rodoviária, funcionários da Secretaria de Vigilância Ambiental distribuem folhetos educativos no Dia D de Combate à Dengue e Chikungunya Elza Fiuza/Agência Brasil |
Hoje (6) é o "Dia D de mobilização no combate à dengue", campanha nacional do Ministério da Saúde, que levou agentes às ruas de todo o país para conscientizar as pessoas sobre a importância de tomar cuidados e evitar a reprodução do Aedes aegypti, mosquito transmissor da doença. Em Brasília, a mobilização está sendo feita na Rodoviária do Plano Piloto, área central da capital, e em áreas de comércio com grande circulação de pessoas, como shoppings e supermercados.
“A gente alerta a população para que redobre os cuidados com água parada. Daqui em diante [se] inicia o processo do aumento de depósitos, que chamamos de temporários, e servem para a reprodução do Aedes aegypti”, explicou o chefe de mobilização do controle de prevenção da dengue no governo do Distrito Federal (GDF), Júlio César Trindade. Também estão previstas ações de de limpeza urbana e atividades para alertar os profissionais de saúde ao diagnóstico correto das doenças.
Em um supermercado de Brasília foi montado um estande para explicar o que deve ser feito para evitar a reprodução do mosquito. A maquete, mostrando casas e caixas d'água, atraiu crianças, e as agentes do GDF puderam instruí-las, bem como a seus pais, sobre como afastar o risco de contrair dengue e chikungunya.
Luiz e Sara Gomes estiveram no supermercado e receberam orientações no local. Ele já contraiu dengue e sabe a importância de prevenir. “Não adianta eu fazer a minha parte e o vizinho não. Quanto mais pessoas eliminarem a água parada, menos mosquitos vão espalhar a doença. É importante essa conscientização, o Dia D da dengue, porque nem todo mundo sabe como proceder para evitar a doença”, disse Sara.
De acordo com Trindade, poucos minutos por semana são suficientes para eliminar os ovos do Aedes aegypti. “Se o morador, durante dez minutos de um dia da semana, eliminar toda a água parada que existir na residência, ele quebra o ciclo de reprodução do mosquito, que é de zero a dez dias”, ressaltou. Segundo o Ministério da Saúde, 80% dos focos dos mosquitos estão em residências.
Dados do ministério mostram que houve redução nos casos de dengue entre janeiro e 15 de novembro de 2014, comparado ao mesmo período de 2013, quando foram registrados 1,4 milhão de casos. Neste ano foram 566,6 mil casos, faltando computar um mês e meio até o fim do ano. As mortes por dengue também diminuíram de 652, no ano passado, para 398.
A febre chikungunya, por sua vez, teve 1.364 casos registrados. Desses, 71 são de pessoas que viajaram para outros países, como República Dominicana, Haiti, Venezuela, Ilhas do Caribe e Guiana Francesa. Os outros 1.293 casos são de transmissão no Brasil, principalmente em municípios de Oiapoque (AP), Feira de Santana (BA), Riachão do Jacuípe (BA), Matozinhos (MG), Pedro Leopoldo (MG) e Campo Grande (MS).
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